A idéia de Igreja Mil Membros ou o Evangelho Horizontal é mais um contribuição
da minha parte naquilo que tenho proposto em ajudar ou tornar o conhecimento
bíblico mais acessível a todos indistintamente; diferente do comércio da fé que
nos é impingido por todos os lados pelos pastores caça-níqueis.
AGRADECIMENTO
Aproveito de igual modo, para agradecer de todo meu
coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais treze Blogs (agora
catorze) de Estudos estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e
em mais quarenta (40) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do
que no Brasil. Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais,
que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto,
como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima
seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes
informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse
intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Para
acessar os demais, dos atuais trinta (30) Blogs, clique no link perfil geral do
autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de
cada um para acessá-lo.
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
IGREJAS MIL MEMBROS OU O EVANGELHO
HORIZONTAL
1
Antes de começar este pequeno Estudo neste Blog, que é
o nono da série de trabalhos propostos por mim, aproveito para lhe informar,
que embora tenha o propósito de chegar a cinqüenta Blogs sobre vários assuntos
postados. Tenho um estudo sobre Escatologia, cujo título é O que é Necessário para Começar Entender Escatologia, o qual
corresponde agora, quando o estou revisando, a 512 páginas (que acredito
chegará a 550 paginas) no formato de 21cm x 14cm, sendo que, pretendo editá-lo
em livro e não o postar em Blog; inclusive, algumas partes que vou
transcrever do livro, também são para cumprir a promessa que fiz Num
comentário no Blog SE POSSÍVEL ENGANARIA ATÉ OS ESCOLHIDOS, endereço ─ www.riquezasatodocusto.blogspot.com
,no dia 18 ─ 03 ─ 2011. Um terço da obra em apreço discorre sobre a fantasia
bíblico-escatológica que se criou sobre o determinado personagem tratado com
ironia por João em suas epístolas, o chamado anticristo (aqui em pequenos trechos). Pelo ementar fato,
decididamente não existir a mínima base bíblica para que este considerado inimigo
público número de toda humanidade, porquanto foi e é como João explicou, a de anticristos (plural), os quais já
existiam naquela época, conforme I João 2. 18-19 ─ Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já
muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora (final
do primeiro século). Saíram dentre nós,
mas não eram dos nossos; porque se fossem dos nossos, teriam permanecido
conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos.
João nos informa que na sua época já havia muitos anticristos ─ os quais são por definição óbvia, aqueles que
agem e ensinam contra os ensinamentos de Cristo
─, exatamente como vimos no decorrer da história os vários anticristos já existidos como tal
(inclusive os do tempo de João); e presentemente os inúmeros vendilhões da fé,
que são os anticristos do passado, os
de hoje e os ainda por vir que possivelmente existirão; e não O PEÇONHENTO
ANTICRISTO grandão dessa Escatologia mal-estudada que é difundida por vários
ditos estudiosos.
2
No
seguimento da obra identifico o livro do profeta Daniel com o que contem o roteiro
escatológico de todo o plano de Deus para a humanidade; também mostro de
maneira evidente não ser correto e possível fazer Escatologia ou construir
bases de ordenação cronológica para este Tema partindo dos relatos dos
evangelhos e das diversas epístolas
─ que poderão ser usadas
tão-somente como complemento das informações do livro de Daniel e do Apocalipse ─; conforme texto desse meu livro em apreço,
no qual mostro parte, nesta transcrição,
que segue: ─ Reiterando, outra coisa importantíssima a considerar
é que não se pode fazer Escatologia a partir dos evangelhos e das epístolas, e
sim primeiramente do livro de Daniel; o qual informa todo o roteiro
escatológico do plano de Deus, e depois o Apocalipse, que se entrelaça com o
roteiro de Daniel e completa toda a trajetória comprobatória de como Deus
conduziu e conduz esses acontecimentos na história; só então, após considerar a
base nesses dois livros, podemos e devemos juntar as informações contidas nos
evangelhos e nas epístolas às conclusões finais. Mas, necessariamente nessa escala
de peso na valorização de cada uma das fontes de informação e na ordenação cronológica
de montagem que tenho proposto aqui para esse assunto. No seguimento mostrarei sete
fragmentos (partes do texto anterior às trinta respostas) do total desse
livro que pretendo editar.
Fragmento I do livro
SUMÁRIO
3
Prefacio ..............................................................................
Apresentação .....................................................................
Roteiro de Perguntas ........................................................
Considerações iniciais ...................................................
A verdade sobre o tempo e a filosofia .........................
Preâmbulo ....................................................................
1 ─
Simetria de Sistematização ................................
2 ─
O Pretenso anticristo ..........................................
3 ─ Os evangelhos e as epístolas não são
base inicial para escatologia .....
4
─ Os falsos eventos bíblicos
escatológicos ...................
5
─ Onde estão atualmente os salvos
e os perdidos?.......
6
─ As sete igrejas do Apocalipse ..................................
Capítulo único ..................................................................
1
─ As trinta
respostas às perguntas .........................
O QUE PRECISAMOS SABER PARA
COMEÇAR
ENTENDER
ESCATOLOGIA
APRESENTAÇÃO
4
Prometi no ano de 2003, no meu primeiro
livro, Ceia, sim! Cruz, não!, que
escreveria sobre Escatologia, em conseqüência, neste livro, que será o terceiro
de uma série de títulos que pretendo escrever, procurarei resgatar aquela minha
anterior promessa. O meu terceiro Trabalho O
Mover do Espírito, sobre Teologia Sistemática ─ o qual acabei por
fragmentá-lo em diversos Blogs postados na Internet... O escrevi usando para
mim a primeira pessoa do singular, por ter o livro basicamente todo o seu
enfoque em nível de discussão de Temas plenamente acadêmicos, entretanto
postulo o direito de fazê-lo normalmente sem os entraves que nos são colocados
via regra acadêmica, daí, essa minha apresentação mais incisiva. Aqui neste,
também estarei usando a primeira pessoa do singular, por ser o conteúdo desse
trabalho, uma visão bem pessoal de Escatologia, como se constatará,
ser exatamente diferente das que já
estão postas, as ditas Escolas Escatológicas ─ e até consolidadas como
senso-comum; razão porque, desse enfoque bem próprio e veemente, como é do meu
estilo. Daí, quanto ao exato entendimento desse meu posicionamento e modo de
fazer, transcrevo a seguir ipsis litteris
os textos das minhas considerações sobre o assunto, que inclusive consta do meu
primeiro Blog: SÓCRATES VERSUS PLATÃO
VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR, endereço ─ www.socrateplataomachado.blogspot.com
... Início da Transcrição:
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
5
Antes de entrar na efetiva
apresentação desse meu terceiro trabalho; quero informar mais uma vez de
maneira muito clara, essa minha já repetida intenção sincera e equilibrada,
embora veemente, de ser eu, mais uma das pequenas pedras que clamam por um
melhor estudo e o pleno alinhamento quanto ao que a Bíblia efetivamente ensina.
Também ponderar aqui, que tenho no primeiro livro, Ceia, sim! Cruz, não!
Defendido que a Bíblia tem no seu conteúdo a sua própria regra de
sistematização que se encontra em Isaías 28. 9-13, que estarei usando neste
livro e de igual modo o parâmetro dessa regra, que está em João 8. 13-18, que
denominei de simetria de sistematização.
6
Semelhantemente criei o neologismo Concomitância
do Contraditório, que mais uma vez explicarei o que vem a ser... Quanto
a essa minha concomitância do contraditório, cuja denominação seria
gramaticalmente incorreta, porquanto o que é concomitante é concomitante a
ou com e não do; ela é exatamente ter proposições ou “teses”, caminhar
junto em concomitância com o contraditório; estando obrigado, para ser
conseqüente, explicar a sua improcedência ou render-se a ele... Também o
denomino ou o explico como mecanismo e processo e não exatamente como
regra ─ a minha concomitância do contraditório , para que a
Idéia da plena dependência de explicar o contraditório daquilo que queremos
estabelecer como verdade ─ nos leve a rendermo-nos a ele
no caso de não conseguir contradizê-lo ─; para que esse mecanismo seja algo que deve
(realmente) ser levado em conta dentro de qualquer questão que julguemos
polêmica. Porque o pressuposto de
polêmica demanda grave contraditório. Fui criticado e questionado por não
seguir o silogismo aristotélico, entretanto não tenho decididamente a
obrigação de segui-lo, até porque, dentro da dialética; Aristóteles me
permite outro caminho, que é o do “problema” ou o da efetiva “tese” e ou
contestação...
7
Quanto ao silogismo; se você está consciente ─ se não estiver, terá que estar! Que os
escritos da lei e os profetas do Antigo Testamento, também os escritores do
Novo Testamento e os que neles acreditaram, seguiram e ensinaram, somam um
número expressivo e qualificado ─
obviamente, pois foram eles que construíram tudo quanto à fé cristã ─; terá
que concluir que isto contempla o “amplamente aceito” do silogismo, e
mais ainda: Jesus, o Filho de Deus que é o filósofo e mestre por excelência e
é também, o centro de todo o ensino e relacionamento com Deus o Pai ─ irá, de igual modo, contemplar plenamente o “filósofo
ou o doutor eminente” da mesma regra
silogística.
8
O meu posicionamento veemente quanto ao não ter obrigação de seguir o
silogismo de Aristóteles, e ao mesmo tempo constatar que ao ir direto ao
escritor bíblico estou cumprindo essa mesma Idéia silogística... Leva-me a
conclusão ou a de fato constatação de que o não precisar me munir de
doutores outros para a interpretação ou sistematização do texto sagrado; está
também de fato provado nas inconseqüentes praticas errôneas presentes no nosso
polêmico universo doutrinário, no qual se têm contemporizado com uma série de
incongruências já há muito tempo, consideradas intocáveis que não resistem à
menor análise bíblica, quando séria e bem fundamentada.
9
Creio como plenamente entendido, que eu tenho todo o direito legal,
filosófico, cultural e espiritual de interpretar a Bíblia, e de igual modo,
mereço da parte de todos; o devido respeito quanto a isto, e com toda a
humildade e também veemência, afirmo sem nenhuma dúvida; que o estudo sério dos
meus trabalhos ─ que são simples, todavia, em
muito ajudará a romper os “grilhões acadêmicos” dos alinhamentos passivos com
ditos grandes teólogos ─ aos quais muitos se têm
prendido (submetidos, agrilhoados), além do que seria racional, razoável,
aceitável e até espiritual ─; parece repetitivo e
redundante, todavia é perfeitamente pertinente.
10
Ainda, o que poderia caber aos meus trabalhos que foram e continuam
sendo feitos com seriedade e espiritualidade; seria o efetivo “paralogismo”
ou raciocínio involuntariamente falso; como o do próprio Aristóteles ─ sem considerar a controvérsia com Copérnico e com
Galileu; mas sim quanto à defesa dos “quatro elementos”, terra, água, fogo e
ar, que nortearam a vida científica da humanidade por mais de 2000 anos,
justamente pelo peso de Aristóteles na sua defesa ─; que
estivera espremido entre Demócrito (460-370 a.C.) e Epicuro (310-270 a.C.),
contemporâneo de Aristóteles por cerca de vinte anos, de quem temos o seguinte
registro sobre o átomo: (aforismo) É, além disso, necessário que os
átomos se movam com igual velocidade quando avançam no vazio sem se chocarem
com coisa alguma; com efeito, os pesados não se moverão mais velozmente do que
os pequenos e leves. Que também defendia a Idéia do átomo e não a dos
quatro elementos como ele; que ignorando a Epicuro e outros, só veio dar lugar
para a concepção do átomo, a bolinha de Demócrito, por meio da também bolinha
recheada de John Dalton (1766-1844), mostrada de forma empírica. Mas, para
concluir isto quanto a mim, vocês terão que estudar seriamente a Bíblia e
também esses meus Trabalhos.
11
Agora sobre o meu neologismo concomitância
do contraditório; ele não é plágio do silogismo ou problema ou ainda da
tese hegeliana ─ para a qual
caminha a antítese por intermédio da empírico-histórica síntese que se torna
tese no absoluto ─ não tendo também o termo médio
─ embora esteja obviamente dentro da dialética... A
minha concomitância do contraditório pressupõe naquilo que queremos fundamentar
ou de forma ditatorial estabelecer, o não alinhamento com a proposição
maior ─
que é a maior em função do seu predicado e adjetivo, ou a menor, e muito menos
o concluir ─, porque o “fundamentar o que queremos” ─ desse meu neologismo se apresenta como “conclusão
ditatorial” ─
o
que poderia fazê-lo parecer com o silogismo de Aristóteles ou o
absoluto da dialética de Hegel... Porque diferentemente o meu contraditório
explicado, tem em princípio o mesmo peso (valor) que o fundamentar o que queremos,
o qual permite, aceita, discute e pode
até não prevalecer e tornar-se nulo,
perdendo para o contraditório. Ou poderia até ser uma espécie de bi-exegese,
quando se faria uma exegese daquilo que se quer fundamentar e também outra do
que nos parece não ser verdadeiro ou exatamente o contraditório; que após a
feitura das duas se opta pela mais coerente... ─
Viu!? ─ Não sou assim tão ditador ou inconseqüente como você estava
pensando...
12
Você ainda está pensando que a minha concomitância do contraditório é
plágio do silogismo ou até algo vazio e inconsistente? Não! Pelo contrário, ela
é, em última análise um expediente coercivo, que não nos permite a leviandade
de plenamente fundamentarmos aquilo que achamos e fugir quando contestados,
pela tangente da sofisma, aqui literalmente o que corresponde na nossa
língua, quando deixamos marcada a nossa posição (aquilo que defendemos) e
abandonamos o contraditório, com aquela leviana e célebre afirmação: esse
assunto é polêmico.
13
O
mecanismo da minha concomitância do contraditório, como já detalhei, é
diferente do silogismo de Aristóteles e de igual modo não se alinha com a tese,
antítese e síntese de Hegel; pois em última análise ele é um mecanismo de
auto-avaliação continuamente em trânsito ou dinâmico, quando vou paulatinamente
me informando, lendo a Bíblia e buscando informações de outras fontes, e já trabalhando
de maneira concomitante e séria, as vertentes ou pontos que aparentemente se
mostram antagônicos. Não sendo assim o silogismo, e muito menos a
dialética de Hegel, cuja antítese, se torna síntese ou por meio dessa
síntese retorna à tese como o absoluto.
14
Por
esses motivos o mecanismo usado no processo dessa minha concomitância se
aproxima mais da maiêutica de Sócrates; que é um processo de construção de
“parir” idéias, que tem dentro de si a proposição maior e menor, assim como a
tese e antítese e todo qualquer contraditório que lhe caiba, já resolvidos na
sucessão de perguntas e respostas, cuja idéia “parida” não será a “conclusão ou
a síntese” e sim, o nascer da idéia que terá em si os “genes” das fontes usadas na sua gestação. Reproduzirei
no subtítulo filosofia II, que é parte do Preâmbulo, os diálogos
de Sócrates com amigos, quando foi exercida por ele a maiêutica, sendo um
deles, Transímaco, que era filósofo sofista. Dito isto, entendam que a minha
concomitância não visa parir idéias, mas sim chegar à efetiva verdade do que já
existe na Bíblia ─ também a uso em obras de ficção ─, ou a sua correta
interpretação... Porque no processo dessa minha concomitância; diferente de
consolidar a proposição maior, ou ajustar-se com a menor, e posteriormente
concluir (silogismo); como até brinco, evocando coisas da infância, no
subtítulo do primeiro capítulo, Filosofia IV: O Arque e a efetiva Metafísica,
quando “concluo e sintetizo”, que o pressuposto maior é sempre vencedor, que me
perdoem Aristóteles e Hegel, pois
Proposição Maior ou Tese, vencem a Menor (incorporando-a) ou Antítese...
É pertinente, de alguma forma, essa abordagem jocosa, porquanto este subtítulo
inicial é justamente um grito contra o patrulhamento acadêmico que nos é
imposto de maneira pouco razoável e racional.
Fragmento II do livro
A VERDADE SOBRE O TEMPO E A FILOSOFIA
15
Também é bom que se diga nessa parte inicial desse
Estudo, em grandes letras; e já devia ter dito isto desde a apresentação,
que:
Toda nossa, nós seres humanos, relação com Deus, ou se preferirem, com a
Divindade; se dá ou contempla o antropomorfismo
e a antropopatia que é atribuir a
Deus forma e sentimentos humanos, e também a nossa unidade de tempo é o cronos, hora, seus múltiplos (ou
divisões) e submúltiplos (ou divisões); tanto que Deus o Pai enviou o seu
Filho, o Senhor Jesus em forma humana, antropo
e relativo ao planeta terra, onde a
unidade de tempo é a hora... Também peço que esqueçam nas suas
sistematizações quando das exegeses, como alguns não têm feito, de coisas como:
Teoria da relatividade (Albert Einstein 1879-1955), que usa para a sua
fundamentação a velocidade da luz 300.000km/s em sentido retilíneo, e a unidade de distância ano-luz, que corresponde a aproximadamente 9,5 trilhões de
quilômetros; sendo o seu referencial de efetiva construção, o já ponderado
RETILÍNEO, esqueçam disto em Teologia. Também o que se
convencionou quanto à linha chamada do Equador (que divide os dois hemisférios)
e as demais paralelas divididas em graus para norte e para o sul, que mede a
latitude no sentido este e oeste; o meridiano de Greenwich, que convenciona na
interseção com a linha do Equador, o marco zero e os demais meridianos
divididos também em graus, 180º oeste e leste, que mede a longitude no sentido
norte e sul. De igual modo convencionou-se duas outras linhas circulares: o
Trópico de Câncer (norte) e o de Capricórnio (sul), respectivamente com 230
27’ 30’’ de inclinação em relação à órbita elíptica da terra versus
o seu centro e o centro do sol. Essas convenções exatamente associadas ao
mapeamento do esférico (geóide) da terra e do sol. Como já informei;
essa teoria e seus mecanismos não têm nada a ver com a revelação simples da
Bíblia versus planeta terra que é de
em um dia ou 24 horas e a translação, com o seu também movimento giratório em
órbita circular elíptica, com aproximação e afastamento do sol, que gera as
estações do ano; isso com a velocidade de 30 km/s em volta do sol em 365,2422
dias ou um ano, que decididamente não se ajustam com o retilíneo, até porque tudo o que vou comentar aqui não colide com o
enunciado por Albert Einstein
─ O tempo é relativo e não pode
ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte (relatividade
relativa, diria eu)... Que se tenha
também muito cuidado com a ficção cultural da máquina do tempo (H. G.
Wells
1894-1895), época dos Artigos sobre o assunto e posterior livro, e os
congêneres contemporâneos: “De volta para
o futuro, O exterminador do futuro” e coisas desse tipo, passado versus futuro; que se fundamentam ou se
especulam erradamente a partir da teoria da relatividade, quando diferente e
obviamente, tudo que se relacione com o planeta terra, parte do sistema solar,
deve ou deverá ser aferido ou especulado pelos seus movimentos que são giratórios (circulares) e não retilíneos...
16
Dentro dessa indevida especulação de “máquina do
tempo”; para que algum terráqueo possa fazer uma viagem de retorno ao passado
ou numa viagem semelhante avançar para o futuro, terá que fazer com que a
terra, nos seus movimentos de rotação e translação, gire em sentido contrário
(passado) ou acelere (futuro), na razão de dois dias e dois anos; para cada dia
(rotação) e para cada ano (translação); onde para essa brincadeira ter lógica, seria
esta a especulação correta para o nosso planeta terra... Naveguei!!
Desculpe o coloquial, entretanto, se você “navegar” para o passado ou
para o futuro encontrará, lá como também aqui quando
voltar, tudo dantes como antes! Todavia se esse girar for de muitos anos;
quando você voltar encontrará o seu irmão gêmeo já idoso, entretanto a sua
idade será exatamente a mesma dele, pelo tempo dele vivido aqui e o seu na
viagem. Misericórdia!.. Como é possível que teólogos e pastores especulem
coisas tão absurdas e sem consistência? De igual modo, não confundir essas especulações
com os fatos dos textos de Josué 10. 12-14 (por quase um dia, portanto cronos) e Isaías 38. 7-8 (dez graus no
relógio solar; relativo ao dia, também cronos),
e de igual modo esqueçam Ato, Simples,
Essência, Gênero, Primeiro Motor, Potência, Modalidade, Virtualidade, Acidente
e até do Metafísico, porquanto a
revelação de Deus dada a nós através da Bíblia é verdadeira
e não falsa, por intermédio do fator
de tempo HORA cronos (grego, χρόνος) e
não aion (grego, αίών) ou kairós (grego, καιρός) e sim o pleno e
didático ANTROPOMORFISMO e a ANTROPATIA
ou Deus dentro da didática da forma e sentimentos humanos, Isaías 6. 1 e Apocalipse 4. 10-11, e
quanto ao Senhor Jesus, os evangelhos e as epístolas, e não o metafísico, e sim pelo pleno e claro
“teológico bíblico” amplamente ensinado de maneira didática no texto sagrado.
Também tomem todo o cuidado com a cosmologia
exacerbada dos trabalhos de Tomás de Aquino, e a anterior de Agostinho sobre o
tempo; com o querer explicá-lo numa visão Cosmológica versus Teologia, quando o
texto sagrado o faz de maneira elementar através do cronos, como, por exemplo, os setenta anos do cativeiro babilônico
(Jeremias 29. 10), as setenta semanas do ungido, que corresponderam a 490 anos
(Daniel 9. 20-27), os um tempo, mais dois tempos e metade de um tempo, também
(Daniel 7. 25b, 12. 7 e (Apocalipse 12. 14), 42 meses (Apocalipse 11. 2), 1260
dias (Apocalipse 11. 3 e 12. 6), os três períodos de tempo corresponderam a
1260 anos ─ do imperador Diocleciano (284-305, período de
governo) a João Calvino (1509-1564) ─, conforme meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não!. Ainda, as 2300
tardes e manhãs de Daniel 8. 14, os 2290 dias e os 2335 dias de Daniel 12. 12 e
13, respectivamente, tempos esses que serão ostensivamente usados neste livro.
17
A fantasia aleatória quanto ao elemento tempo,
trabalhada no mundo cosmológico; primeiramente por Agostinho e posteriormente
por alguns outros teólogos em função do modismo máquina do tempo quando afirmam
sem nenhuma base bíblica, que tudo o que está relacionado com o nosso planeta,
já aconteceu no tempo de Deus, ignoram o “pleno tempo” terreno usado na Bíblia;
no que, se dissermos em ritmo e velocidade
normal: um tempo, mais dois tempos e metade um tempo;
despenderemos de um espaço de tempo ou cronos
ou tiempo ou time ou zeit de cinco
segundos, cuja duração será exatamente igual, seja no observatório de
Greenwich, numa ilha deserta, seja no Pólo Norte ou Pólo Sul ou até no Espaço Sideral ─
ainda que, em lugares como esses últimos, percamos a noção de tempo ─,
todavia o espaço de tempo que compreende o início e término de qualquer
contagem existirá sempre... Não misturemos isso com Deus; que é eterno,
portanto de fato atemporal, entretanto essa especulação de já aconteceu no
tempo de Deus advinda do modismo “máquina do tempo”, não tem nada a ver com o
nosso tempo plenamente cronos e
relativo (mecanismo do sistema) ao planeta terra na revelação dada a nós no
texto sagrado.
18
Tempo ─ medida de duração de algo, de alguma coisa ou
de fato filosófico, período, parâmetro que compreendeu o início da contagem na
sua unidade até o seu término... Isso também quer dizer ou infere, que o que é
temporal, tem seu início e seu fim
─ sendo essa a mais didática
visão de tempo no seu sentido pleno, que é a sua duração.
Por saber que Deus não teve início nem terá fim; com
toda propriedade disse que Ele é “atemporal” que não corresponderia ao tempo kairós, que se refere a um momento (de
qualquer tamanho), embora não tenha necessariamente duração determinada, e sim
estaria mais na direção do aion, que
corresponde ao tempo de longa ou longuíssima duração, por extensão semântica à
eternidade... Daí concluir que o nosso tempo (cronos) está dentro do imensurável atemporal de Deus na medida da
sua pequena duração, e não como se fosse tão grande ou ganhasse a dimensão de
ter acontecido, estar acontecendo ou ir acontecer quando do nosso tempo
dia-a-dia para esse já aconteceu, acontece e acontecerá, ou ainda repetir-se
indefinidamente... Possivelmente não está sendo entendido o que eu disse até
agora; todavia é exatamente dentro dessas conjecturas que poderia se encaixar a
idéia mirabolante de que o que já vivemos no passado; estamos vivendo
presentemente e viveremos no futuro; “já ter acontecido no tempo de Deus”. Não
quero exatamente entrar na questão etimológica do tempo no idioma grego, até
porque o cronos, o kairós e o aion estão dentro do atemporal de Deus; quando essa idéia de tempo
aleatória, denominada por alguns teólogos de kairós, na realidade estaria mais para o aion, entretanto esse modo de pensar não se encaixa exatamente em
nenhum dos casos ou objetivamente em nenhum desses tempos. Até porque, no Novo
Testamento grego tem-se para marcar a Idéia objetiva de eternidade, a locução
substantiva, conforme Hebreus 1. 8, Apocalipse 1. 6b, Apoc. 1. 18, Apoc. 4. 9d,
Apoc. 10. 6, Apoc. 15. 7c ─ (...)
αίώνας τών αίώνων ─ (...) séculos dos
séculos. E quanto à improcedente interpretação teológica de ser kairós o
tempo de Deus. O texto clássico que marca
─ não ser essa infantilidade teológica difundida como senso comum ─, e sim, Paulo usou esse momento kairós para
identificar o início, meio e completude do Ministério terreno do Senhor Jesus,
conforme Efésios 1. 10 (escrita no ano 62)
─ para a dispensação da plenitude dos tempos (kairós), de fazer convergir em Cristo todas as
coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra. Esta carta
─ para você que entende as nuances de uma narrativa ─, desde o seu início tem componentes que
chamam de forma objetiva para o uso de kairós, que tem o pleno entendimento
etimológico do assunto tratado... Gálatas 4. 4 (escrita no ano 53, antes da
anterior) ─ Mas, vindo a plenitude
dos tempos (cronos), Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei. Nós (aqueles que
conhecem a Bíblia e seus personagens) temos informação da capacidade do grande
apóstolo Paulo; também, em função das características da abordagem (narrativa);
ela é basicamente permeada pelo uso do tempo cronos, exatamente na sua
etimologia; que aqui, até por coerência com todo o texto da carta, ele usa
cronos (que é tempo medido, ou marca um exato momento) no seu sentido semântico
de identificar, não somente o exato cronológico, mas para equivaler à kairós, o
momento lindo do Ministério do Senhor Jesus... Senão estudemos com calma o assunto...
Em tempo: O fato da carta de Paulo aos cristãos de Roma ter sido escrita por
Tércio e não por ele (Romanos 16. 22), porquanto ao ditá-la para Tércio
escrever, ele, Paulo ditou cronos e não kairós e assim Tércio escreveu.
Fragmento III do livro
O QUE PRECISAMOS SABER PARA COMEÇAR
ENTENDER
ESCATOLOGIA
19
ROTEIRO DE PERGUNTAS
1 ─ O que foi a Quarta Filosofia segundo Flávio Josefo
contemporâneo de alguns dos apóstolos de Jesus?
2 ─ Quais foram os quatro macro poderes que são
identificados no livro de Daniel?
3 ─ Quem foi ou a quem correspondeu os dois pés de
ferro misturado com barro da estátua de
Daniel 2. 34?
4 ─ Quem foi o quarto animal terrível de Daniel
capítulo 7?
5 ─ A que correspondeu as 2300 tardes e manhãs de
Daniel 8. 14 e quando se cumpriu?
6 ─ Quando se cumpriu integralmente as 70 semanas
do ungido (Messias) de Daniel 9. 24-27?
7 ─ Como e
quando se deu a Escatologia de Pedro, registrada nos primeiros dois a seis
capítulos de Atos, a partir do escrito de João 21. 21-24, com a mea-culpa dele em II Pedro 3?
8 ─ O que foi e quando aconteceu a abominação
desoladora de Daniel 11. 31, citada objetivamente por Jesus em Mateus 24. 15 ?
9 ─ Quando se cumpriram os quatro cavaleiros de
Apocalipse 6. 2-8?
10 ─ Quais foram os poderes representados nos 10
chifres do animal terrível de Daniel 7. 7 e Daniel 7. 24?
11 ─ De onde veio (origem) o título sumo
pontífice?
12 ─ Quais
foram os sete reis (cabeças) e o oitavo rei (a besta) de Apocalipse 17. 9-11?
13 ─ O que foi e ainda representa o sinal da
besta?
14 ─ Quantos minutos são exatamente a quase meia hora
de Apocalipse 8. 1?
15 ─ Quais foram os três chifres abatidos do
animal terrível de Daniel capítulo 7?
16 ─ Quais foram os cinco (penta) patriarcados e seus
respectivos nomes?
17 ─ Quais foram os poderes e quando mudaram os
tempos e as leis, conforme Daniel 7. 25?
18 ─ Quais
poderes fizeram guerra contra os santos de Daniel 7. 21, seus nomes e períodos?
19 ─ Quais e quantas foram as tribulações ou
perseguições de Apocalipse 6. 9-11, e que já se cumpriram?
20 ─ Quais
foram e são os dois chifres da besta que subiu da terra?
21 ─ Quem foi e é a prostituta do Apocalipse 17.
1-6?
22 ─ Quais são os sete montes de Apocalipse 17. 9,
onde a prostituta está assentada e seus nomes?
23 ─ Quais foram as duas testemunhas de Apocalipse
11. 3?
24 ─ Quem foi a cabeça da besta que foi ferida de
morte de e curada, de Apocalipse 13. 3?
25 ─ Quando se cumpriu os um tempo mais dois
tempos e mais metade de um tempo; que são os 42 messes e os 1260 dias ou os
mesmos espaços de tempo?
26 ─ Quando se cumpriu e a que se refere a
profecia dos 1290 dias de Daniel 12. 11?
27 ─ Quando se cumpriu e a que se refere a
profecia dos 1335 dias de Daniel 12. 12?
28 ─ Quais foram os 144.000 de Apocalipse 7 e 14?
29 ─ Quais serão (ainda por cumprir) os 10 chifres
da besta que subiu do mar de Apocalipse 13. 1?
30 ─ Os mil anos serão vividos aqui na terra ou
não? E quanto ao juízo final?
O QUE PRECISAMOS SABER PARA
COMEÇAR
ENTENDER ESCATOLOGIA
PREÂMBULO
20
Quando prometi que escreveria sobre Escatologia ─ como
informo no início da apresentação, tendo isso acontecido no ano 2000. Quando
redigia o esboço do livro Ceia, sim!
Cruz, não! Tenho presentemente observado que o processo de mudança de
enfoque das mensagens das igrejas que se dizem evangélicas ─ que
já vinha sendo mudada desde a ascensão das neopentecostais. Nesses últimos anos
tem-se chegado à verbalização de um evangelho extremamente comercial e
totalmente dissociado do verdadeiro ─
ostensivamente no Rádio e na TV ─, que é
principalmente a vida eterna em Cristo Jesus e não a vida próspera e com saúde
aqui neste mundo como objetivo principal... Sendo que isso torna imperioso; que
agora mais do que nunca se fale ostensivamente dessa volta do Senhor Jesus para
arrebatar sua Igreja, que é a essência e a objetiva mensagem do Evangelho
verdadeiro.
21
Se o compromisso de cada cristão é necessariamente
falar dessa iminente volta de Jesus; necessário também se faz estudar e buscar
entender tudo o que precederá esse evento, nas suas informações bíblicas sobre
o assunto, porque “as coisas reveladas
são para nós e para os nossos filhos, para que delas tomemos conhecimento e as
pratiquemos” (Deuteronômio 29. 29 b)... Isso quer dizer que todas as
mensagens pregadas aqui e ali e nos diversos púlpitos de todas as igrejas ─ como
também as de objetivo mercantis veiculadas na Mídia ─, deveriam ter como Tema principal a volta
do Senhor Jesus; conseqüentemente o Tema de Estudo e toda verbalização do que
se fala de Deus, o Pai e de seu Filho Jesus, hoje, tem que ser com esse pleno
conteúdo escatológico, de forma didática e continuada; e não como alguns têm
feito, quando ocupam de forma indevida esse espaço da falta de uma
Escatologia séria e bem fundamentada; produzem farta literatura de ficção,
inclusive até em produções cinematográficas de grande repercussão, na quais se
veicula fantasias aleatórias dentro desse enorme vazio da falta de compromisso
com o estudo sério e bem fundamentado das Escrituras; principalmente nessa
importante matéria chamada Escatologia ou as coisas relativas ao fim de tudo ou
a volta de Jesus para arrebatar sua Igreja.
22
Porque se tem ou não consciência, de que a volta do
Senhor Jesus está bem próxima? Ou o
Evangelho de Jesus foi, é e sempre será exatamente escatológico, pois aponta
para a sua volta e consolidação do seu reino, e não a vida próspera e feliz
aqui nesse mundo que jaz no maligno, que a grande maioria dos que dizem amar a
Deus buscam de maneira frenética.
23
Sendo veemente e até impertinente quanto a esse
assunto ─ como entenderão os que defendem a felicidade e prosperidade para
sempre nesse mundo? Considerando que no decorrer da história da humanidade
convivemos com várias formulações escatológicas
─ como vou comentar no
seguimento ─; por mais esse motivo é
oportuno e necessário estudar com seriedade e de forma continuada esse
importante assunto, que no presente momento é perfeitamente pertinente e
necessário.
24
No livro de Daniel, que é o roteiro de todo o plano de
Deus para a salvação da humanidade; são encontradas as principais informações
escatológicas, que irei explicar com detalhes nas perguntas e respostas que são
à base desse livro.
25
Desde o capítulo dois até o doze do livro de Daniel,
têm-se várias profecias... O Senhor nosso Deus após explicar a quase totalidade
delas, no capítulo doze, falou da ressurreição, que foi posteriormente ensinada
por Jesus no início da era da graça, e ele (Jesus) sendo crucificado e
ressuscitando se tornou as primícias dos que dormem (I Coríntios 15. 20-23);
seguindo-se vários eventos proféticos, duas tribulações, e por fim, os
acontecimentos ligados ao período da reforma.
26
Os que já
conhecem minha posição teológica sabem o quanto me preocupo com o verdadeiro
estudo bíblico. E neste livro sobre Escatologia vou procurar me aprofundar o
máximo possível nesse necessário entender plenamente por parte de todos nós o que a Bíblia de fato diz sobre esse
assunto...
27
A partir da
entrada triunfal do Senhor Jesus em Jerusalém, que marcou o início da fase
final do seu ministério, conforme os registros de Mateus 21. 1-10, Marcos 11.
1-11, Lucas 19. 28-39 e João 12. 12-19; e nos relatos de João, neste período;
que foi até ao julgamento, crucificação e ressurreição; tivemos amplos
ensinamentos sobre vários assuntos... E nos de Mateus, Marcos e Lucas; o que
eles registraram foi basicamente uma ordenação histórica dos atos de Jesus,
sendo o de Lucas o mais detalhado e preciso nas suas informações ─
considerações maiores sobre o os evangelhos ainda farei no seguimento do
livro.
28
Neste período,
se acendeu na mente dos discípulos o frenético desejo de saber quando
Jesus ─
não exatamente voltaria, e sim quando ele estabeleceria a hegemonia
política do povo judeu sobre o Império romano e as demais nações. Que tendo
Jesus sido preso, julgado e crucificado; eles se decepcionaram, conforme os
relatos de Lucas 24. 13-21 sobre os dois discípulos no caminho de Emaús.
29
Esse relato sobre esse dois discípulos
─ um deles chamado Cleopas ─, mostra de
forma efetiva o desalento e a perda de referencial que abateu a todos os
seguidores de Jesus, inclusive os onze
(Judas já havia se suicidado) foi relatado por Mateus 28. 7 e Marcos 16. 7 ─ Mas ide, dizei a seus discípulos, e a
Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele
disse. Esse texto nos mostra que eles retornaram para a Galiléia (o extremo
norte de Israel, lugar de origem deles), o local onde o anjo disse que Jesus
ali estaria com eles.
30
Um pouco antes
dessa momentânea decepção ─ como já informei ─, eles tinham a constante intenção de saber
quando o Senhor Jesus estabeleceria o poder judaico, como os relatos de Mateus
24. 1-14, Marcos 13. 1-13 e Lucas 21. 1-19; e observe que a idéia deles era
plenamente humana e política, mesmo
depois da ressurreição de Jesus
─ agora já sabedores da futura
ascensão do Mestre ─, a visão deles; de
alguma forma, ainda era humana e política, conforme Atos 1. 6-7. E neste
momento, que foi uma espécie de despedida, eles voltaram àquela mesma repetida
pergunta. Para a qual receberam a grave resposta ─ que foi específica para
eles, pois de fato não era pertinente que se preocupassem naquele momento com a
volta de Jesus ─ como nós temos a obrigação de fazê-lo hoje,
verbalizando isso na pregação do Evangelho.
31
O interessante quanto a isso foi que anteriormente
(seis séculos antes) o Senhor nosso Deus, também avisara a Daniel para selar
(não levar em conta, buscando a plena interpretação) as últimas informações que
lhe foram dadas naquela época, pois seriam para muito tempo depois da sua
morte, e informou, de igual modo, que a ciência se multiplicaria, como temos
visto (Daniel 12. 1-4).
32
Seis séculos depois das revelações de Daniel, quando
da ressurreição e ascensão do Senhor Jesus ─ como já citei nos comentários
anteriores, Jesus disse ou avisou de forma grave aos seus discípulos a
impertinência da oportunidade deles saberem isso; porque seria revelado
especificamente a João na ilha de Patmos ─
como foi e é visto no Apocalipse, conforme Atos 1. 6-8 ─ Aqueles, pois, que se haviam reunido
perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, é neste tempo que restauras o reino a
Israel. Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou épocas,
que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até a confins da terra.
33
Notem que foi justamente a partir daí que começaram os
erros escatológicos, porquanto o Senhor Jesus dissera de maneira enfática; que
eles não deveriam se preocupar com Escatologia em primeiro lugar, e sim
exatamente com a pregação do Evangelho... Coisa que não aconteceu inicialmente
como o Senhor Jesus ordenou; e que mostro na resposta de número sete sobre o
que chamo de Escatologia de Pedro...
Quando a partir do que este texto informa de maneira clara e objetiva, não
terem os discípulos (exceto João e também Paulo, que ainda não era discípulo de
Jesus) o direito de falar sobre Escatologia e, se assim o fizeram, isto, foi movido por seus
próprios entendimentos e não revelação. Sendo que, o que estou objetivamente
dizendo é que as falas de Pedro sobre Escatologia devem ser encaradas com certa
reserva, pois, como vimos no relato de Atos 1. 6-8, não competia a ele falar
sobre esse assunto, como o próprio confessa a sua insegurança quanto a isso em
II Pedro 3. 15-16, que é o capítulo quando faz mea-culpa (tenta justificar-se) pela indevida informação que
anteriormente passara sobre a volta iminente de Jesus, conforme será
detalhadamente explicado na resposta de número sete, intitulado Quando se deu A Escatologia de Pedro.
34
Isso quer dizer, que o nosso evangelismo de hoje deve
ser exatamente o de pregar o reino vindouro e com o perfeito entendimento do
como ele mandou que fizéssemos, ou seja; que a volta do Senhor Jesus é ─
agora sim, iminente... Nós, os que cremos no Senhor Jesus, e desejamos
realmente a sua volta; porque não a partir desse estudo (livro) entender que as
principais profecias que antecederiam a volta dele já se cumpriram? Sendo
exatamente isso que procurarei mostrar nesse Estudo no livro.
35
O elenco, rol, lista de perguntas que formam ou compõe
a contracapa desse meu livro, sinaliza em princípio um ordenamento cronológico
das profecias ou fatos que estão ligados a essas perguntas; todavia dentro
dessa verdade inicial, há que se considerar que algumas profecias e fatos
ligados a elas se desdobram em outros eventos ou fatos que embora venham a ter
o seu início em data e evento posterior; o personagem e personagens se alternam
ou se sucedem dentro ou ligado a um anterior poder ou instituição... Inclusive
é justamente isso que tem feito com que muitos ditos estudiosos de Escatologia
tenham errado e continuem errando quando da identificação de fatos, eventos e
atores ─ sejam pessoas ou instituições (poderes); que é o erro mais comum ─, e quanto à cronologia ou tempo decorrido,
vemos conclusões que chegam às raias do mirabolante e fantasioso, quando essas
avaliações não se ajustam a períodos na história e se tentam adequar essa ou
aquela profecia com algum momento histórico acaba fazendo este colidir com
outro. Sendo as minhas conclusões sobre Escatologia totalmente diferentes
dessas, que até já foram aceitas como uma espécie de senso-comum, e é oportuno
que aqui no Preâmbulo eu aproveite
para contestar três dessas principais vertentes que aí estão postas; para que a
partir do estudo propriamente dito, não seja preciso objetivamente citá-las
novamente ou contestá-las.
36
A priori é
fácil concluir que esse livro não será dividido em capítulos e seus subtítulos,
e sim nas respostas às perguntas da lista que forma a contracapa. E quanto à idéia
de capítulos e subtítulos ─ que é o
básico em todos os livros ─; o buscar
fazê-lo neste Trabalho, fatalmente o complicaria pelos motivos ponderados
acima.
37
Tem-se fortemente fundamentado por um número
considerável de teólogos e dito estudiosos no decorrer da história, basicamente
três entendimentos ditos escatológicos, que são: Amilenismo ─ que é não crer no milênio literal descrito em Apocalipse capítulo 20. 1-10... Poder-se-ia
até aceitar a tese da questão milênio ser algo dito polêmico e sem muita
importância como defendem esses. Só que os teólogos e ditos estudiosos (a)milenistas esquecem ou não têm
conhecimento de que o milênio tem, verdadeiramente, uma intrínseca relação com o arrebatamento,
que eles também não aceitam nem crêem; quando deviam, porque é coisa muito
clara no texto sagrado. Daí, digo sem medo nenhum de errar quanto a essa
conclusão: Os que não crêem no milênio e principalmente no arrebatamento estão
naquela fase do leitinho, como diz Paulo em I Cor. 3. 2 e I Pedro 2. 2, também valeria a pena ler o
meu livro A Noiva Aprovada por Ele, no qual, no quinto capítulo falo
sobre o arrebatamento, usando os textos: Mateus 24. 36-40, Mateus 25. 1-10,
Lucas 17. 34-35, I Coríntios 15. 50-52, I Tessalonicenses 4. 15-18, I
Tessalonicenses 5. 1-6, e Apocalipse 20. 4-6, que mostram que quem é Amilenistas precisa estudar mais e
melhor a Bíblia sobre o assunto milênio e arrebatamento.
38
Pós-milenismo ─ Entendimento escatológico, no passado chamado de
Escatologia pós-nicena ou depois
do concílio de Nicéia em 325 d.C. Primeiramente advindo de alguém chamado
Ticônio; encampada, e posteriormente sistematizada por Agostinho em Cidade de Deus cidade dos homens, na qual, o milênio começaria ou começou no
nascimento do Senhor Jesus e terminaria com a sua volta no ano 1000. Sendo esse
pressuposto da Escatologia de Agostinho improcedente ─ até
porque não se cumpriu como ele previu ─,
e, além disso, embute sérios erros doutrinários, que de alguma forma a maioria
de nós evangélicos segue, que é o
entender que após a morte de quem aceitou a Cristo como Salvador, essa vai para
o céu reinar com Jesus ─ agora cidadão
dos céus, de imediato... Assim foi o entendimento de Agostinho em Cidade de Deus cidade dos homens ─ cujo entendimento continua para muitos de nós
ditos cristãos e evangélicos ─; que
infere ou inferiria, ser a volta de Jesus tão-somente para os que estirem
vivos, anulando grande parte do texto sagrado, pois os que morreram já estariam
reinando com ele a mais de 2000 anos; e os que negaram a Cristo como Senhor e
Salvador já estariam sofrendo no inferno, na mesma medida de tempo dos que já
estariam na glória... Se tivermos entendido o que está sendo dito aqui; e mais
ainda, o que temos crido nesta direção. Saberemos que esse entendimento e
ensinamento anulam completamente a idéia ou preceito bíblico da transformação
dos que já morreram no momento da ressurreição e a transformação imediata dos
vivos salvos para juntos serem arrebatados, conforme I Tessalonicenses 4. 13-17
─ Não queremos, porém, irmãos, que
sejais ignorantes acerca dos que já dormem (morreram), para que não vos entristeçais como os
outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim
também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente
com ele. E após os mil anos teremos o evento final ou momento do juízo
final, quando da ressurreição e transformação dos vivos e dos ressuscitados,
para a vida, ou para a perdição eterna.
39
Quando falei acima ser improcedente a idéia de que os
que já morreram estarem reinando com Cristo, demandaria também acreditar que os
que o rejeitaram estarem no inferno; porque esse pressuposto infere (deduz,
conclui) serem aqueles que já morreram, salvos e perdidos, espíritos ou almas
indivíduos, como se fora pessoas no plano espiritual. Coisa essa que o texto
sagrado não autoriza ser entendido assim, pois, segundo, como nos diz Paulo
em I Tessalonicenses transcrito acima; os que morreram dormem, como
Jesus se referiu à morte de Lázaro (que realmente estava morto e em estado de
putrefação, pois cheirava mal), conforme João 11. 11-14, ─ E tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo dorme (morreu), mas vou despertá-lo do sono. Disse-lhe,
pois, os discípulos, Senhor, se dorme, ficará bom. Mas Jesus falava da sua
morte; eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono. Então Jesus
lhes disse claramente: Lázaro morreu. Também sobre o sono da morte,
o que está em Daniel 12. 2 ─ E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e desprezo
eterno, e I Coríntios 15. 51-52 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos,
mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao
som da trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados, também I Tessalonicenses 4.
16-17
Porque o Senhor mesmo descerá do
céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles (...); e quanto ao espírito de cada
um de nós, o rei Salomão nos diz em Eclesiastes 12. 7 ─ e pó volte para a terra como era, o
espírito volte a Deus que o deu, sendo, esse entendimento
reiterado várias vezes no texto bíblico, como vou explicar mais à frente... Não
sendo esse estudo na exata direção do assunto espírito, entretanto, é
objetivamente claro no que nos ensina as Escrituras, não haver pós-morte, a
vida espiritual ─ porquanto até contraditório é; do espírito como indivíduo, pelo
fato dele volta a Deus que o deu... Isso
é diferente do fato; de que desde o momento que cada um aceitou, está aceitando
e aceitará a Jesus como Salvador até a sua volta, já fazer parte do seu reino,
conforme a fala dele (Jesus) e a de João
Batista, conforme respectivamente Marcos 1. 14-15 e Mateus 3. 1-2 ─ os
aceitaram a Jesus antes de morrer já têm o direito pela graça de serem chamados
filhos de Deus e herdeiros do reino do seu Filho Jesus. Sendo que isso não tem
nenhuma conexão com a idéia desenvolvida por Agostinho chamada de Cidade dos homens Cidade de Deus; cuja
alegoria e fundamentação filosófica, como que, contamina uma série de doutrinas
básicas do cristianismo, como essa idéia ou doutrina, cuja base é o da alma
(também espírito na errada dicotomia de corpo e alma ou espírito) pessoa
fantasma (alma) após a morte em Sócrates de Fedon
obra de Platão. Quando no meu Blog Predestinação
Absoluta, Não, as discuto mostrando-lhes as incongruências, como a da Iluminação
Divina, que teve como base de fundamentação a alegoria da caverna de
Sócrates em Platão, e foi a precursora ou a base de sistematização da Predestinação Absoluta de João Calvino e
as mostradas aqui, inclusive a Pós-nicena
que se tornou o Pós-milenismo, e
continuou com a morte de Agostinho em 430.
40
Os que seguiam essa interpretação esperaram o ano
1000, o ano 1030 e o ano 1034. A partir daí esse entendimento perdeu força,
passou por outra Escatologia chamada de a da
Reforma; que previu a volta de Jesus para o dia 3 de julho de 1525. Não acontecendo, chegaram os anos das grandes
reformas na Inglaterra, que numa delas se cumpre os 1335 dias de Daniel 12. 12,
não identificado pelos escatologistas de plantão; falaremos sobre isso mais à
frente; posteriormente se chegou ao momento do Iluminismo (XVIII século), quando novamente o adormecido Pós-milenismo volta com toda a força e
toda a argumentação de Agostinho, sendo que agora com o entendimento de que o
milênio não seria literal e sim alegórico. No qual ou para o qual, o seu
tamanho, teria começado no nascimento de Jesus
─ como defendido anteriormente
por Agostinho, e terminará na sua volta. Nessa visão bem confortável e sem
sustentação bíblica e lógica continua-se no vazio de ignorar praticamente todo
o livro de Daniel e do Apocalipse; com a agravante do erro primário do
preestabelecer a data da volta do Senhor Jesus, que em Agostinho fora o ano
1000 é agora no jeitinho Pós-milenista
de continuidade dessa idéia, “para o exatamente quando o Senhor Jesus voltar
para arrebatar a Igreja”. Ou o não sabermos quantos séculos, seria agora igual
aos mil anos alegórico considerando que, agregam também à chamada parte Tribulacionista do Pré-milenismo (mil anos alegóricos, mais sete anos de tribulação),
que não são ou seriam sete anos, conforme calculam os dessa fantasia de
aritmética mirabolante, como explicarei com detalhes a seguir...
41
Antes de comentar sobre o Pré-milenismo-Tribulacionista, quero citar algo que farei
sistematicamente com relação à Escatologia; que é o fato de não haver nem de
leve ─ como muitos se preocuparam e se preocupam tentando estabelecer a data
para a volta do Senhor Jesus, sendo que essa data não existe no texto sagrado.
E o especular nessa direção prova total desconhecimento de Escatologia, ou o
que a Bíblia ensina enfaticamente é que Ele vira a semelhança de um ladrão, sem
nenhum aviso ou data pré-determinada, conforme Mateus 24. 43, Lucas 12. 39, I
Tess. 5. 2, I Tess. 5. 4, II Pedro 3. 10, Apoc. 3. 3, Apoc. 16. 15 ─ Vigiar: Mat. 25. 13, Mar. 13. 35-37. Por esse
motivo, possivelmente, o Senhor Jesus foi veemente e enfático quanto à pergunta
dos discípulos (Atos 1. 6-8) com relação à sua volta ou pior, o quando ele
estabeleceria a definitiva hegemonia mundial de Israel.
42
Quem sou eu, e a quase totalidade de nós, para fazer reparos
à capacidade do grande Sir. Isaac Newton (1643 ─ 1727) quanto à física,
matemática, astronomia e as ciências no geral e até lhe devemos respeito quanto
à Teologia; todavia quanto à específica Escatologia, considerando o que está no
seu Theological Manuscript, quando
ele usou o número bíblico 1260 dias
─ que são 1260 anos, como o
próprio assim identificou, e que está
presente nos livros Daniel e Apocalipse. Newton também usou a data de 25 de
dezembro do ano 800, quando se deu a sagração de Carlos Magno como Imperador do
Ocidente, pelo Papa Leão III; que correspondeu à cura da cabeça ferida da besta
em 476 (queda do Império romano do Ocidente), conforme Apocalipse 13. 11-12.
Tendo ele somado esses 800 anos, aos 1260 dias (anos) de Daniel e Apocalipse,
que somados são 2060 anos; sendo essa a previsão de Newton para a volta do
Senhor Jesus. Estando o ano 2060 ainda por vir... Tem-se um dito popular que
explicaria perfeitamente quanto a um possível acerto de Newton por
coincidência, que diz: “Atirou no que viu e acertou no que não viu”. É
exatamente isso que poderá ou não acontecer com essa previsão dele ainda por
vir; porque como se viu acima, não existe em nenhum texto bíblico a indicação
da data da volta do Senhor Jesus... A Bíblia por meio dos seus escritores,
quando das seguidas reiteradas chamadas de atenção de Jesus, grafou informando
de maneira clara e definitiva; que a volta de Jesus não tem data marcada (vem
como o ladrão, não avisa). Quem tentou estabelecê-la ou estando ainda por
chegar o que foi estabelecido ─ como o caso dessa previsão de Newton... O
máximo que poderá acontecer ou não será a coincidência ─ como aventei
acima ─, porque decididamente, não há
data para isto, pois Jesus virá à semelhança do ladrão que não avisa quando
virá para roubar.
43
Nessa direção de preestabelecer uma data para a volta
do Senhor Jesus. Dois grupos de denominações já erraram quanto ao
identificá-la... Os Adventistas do Sétimo dia a estabeleceram para o ano1844 a
partir das 2300 tardes e manhãs e erraram ─ explicarei sobre isso na resposta à
pergunta de número nove. As Testemunhas de Jeová, a fixaram para o ano 1914 e
de igual modo erraram na sua previsão escatológica, também se teve na passagem
para o ano dois mil a expectativa advinda da epístola de Barnabé (apócrifa,
atribuída a ele), para a qual se construiu a seguinte afirmação: A
dois mil se chegará, mas de dois mil não passará, coisa infantilmente
construída por elementar ignorância sobre o nosso Calendário, que pelo já
consagrado conhecimento de que há o erro entre três e quatro anos para menos na
sua constituição ─ coisa que será explicado com detalhes na resposta de número
dezessete (17); isto quer dizer que quando chagamos ao ano dois mil (2000), de
fato, já estávamos no ano dois mil e três ou quase quatro, ou seja, depois do
ano 1997 já estávamos no ano dois mil... Ainda, atribuiu-se ao ano dois mil a
neurose de um possível Bug em todos os computadores no mundo.
44
As ditas previsões de Nostradamus (1503-1556) não
podem ser entendidas como previsões escatológicas, embora alguns lhe dêem essa
característica e associem algumas delas aos eventos acontecidos aqui e ali em
determinada época, porquanto não têm elas esse objetivo de ensino. Do mesmo
modo, o evento das loucuras religiosas do pastor James Warren Jim Jones
(1931-1978), na trans-louca transferência do grupo de fiéis alienados por ele,
para a Guiana (criando a comunidade Jonestown), na qual se deu aquele hediondo
suicídio coletivo e assassinatos, em cujo evento; foram vitimadas 918 pessoas;
entretanto, não teve todas aquelas ações e suas nefastas conseqüências, a exata
motivação escatológica, e sim a ação de um maníaco religioso inconseqüente
(mais um dos muitos anticristos).
Fragmento IV do livro
SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO
45
A idéia dessa minha Simetria de Sistematização nasceu inicialmente a partir da
identificação da regra das duas testemunhas, que á medida que caminhava no
estudo o texto bíblico, isso ficava cada vez mais claro e evidente. Quando
cheguei à fundamentação da divindade do Senhor Jesus ─ não caminhando na visão
da doutrina da trindade, mas objetivamente no pessoa do próprio Jesus. Pude
observar ─ como que ao olhar para cada
texto bíblico estivesse vendo duas linhas imaginárias exatamente paralelas
entre si, em sentido horizontal, que seguiam indefinidamente até
Apocalipse ─; que nos Evangelhos, no
livro de Atos e nas epístolas, essas linhas׃ uma que diz
“Jesus é o Filho de Deus”, e a outra׃ que “se
assenta à direita de Deus, o Pai”; mostrava de maneira muito forte uma espécie
de caminho ou norma a seguir.
46
Rapidamente se produziu na minha mente a
idéia de dar nome a essas duas linhas imaginárias ─ que
de fato existem na argumentação dos escritores bíblicos ─, de chamá-las de Simetria de Sistematização (que são
paralelamente simétricas, daí ser elemento de sistematização), e de forma
efetiva incorporá-la como elemento regra ao mecanismo de sistematização...
Porque existindo de fato na fundamentação da divindade do Senhor Jesus, também
tinham conexão direta com a regra das duas testemunhas, que é a base de aferir
a verdade ou lhe dar validação ou ainda,
definitivamente se criar a verdadeira jurisprudência de sistematização dos conceitos e princípios
bíblicos; disso surgiu e se consolidou para mim esse outro elemento-regra, de
como fazer sistematização teológica.
47
Após a identificação dessa vertente-regra. A
incorporei dentro de um conjunto, cuja principal vertente é a sancionada em
Isaías 28. 9-13; que foi de alguma forma seguida pelos judeus através do Midrash. O Senhor Jesus a legitimou pela
prática da contextura, e apresentou outro elemento explicado acima; que é o
parâmetro óbvio dessa forma de
interpretação, que está em João 8.16-18
─ E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não sou eu só,
mas eu e o Pai que me enviou.
Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens
é verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim mesmo, e o Pai, que me enviou,
também dá testemunho de mim. Nesse
texto o Senhor Jesus cria claramente o pressuposto que para se fundamentar
alguma coisa relacionada à Palavra de Deus, há que se ter pelo menos duas citações,
fundamentando-a em textos como Deuteronômio 19. 15 e Números 35. 30 ─ dois
ou três testemunhos bíblicos... Para que não se diga que há incoerência neste
argumento; o Senhor Jesus anteriormente já havia ponderado sobre essa regra,
quanto ensinou a como inquirir a um irmão em erro, Mateus 18. 16 ─ mas se não te ouvir, leva contigo um ou
dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra
seja confirmada. Também Paulo
escrevendo a sua segunda carta aos Coríntios, veio evocar essa mesma regra, II
Cor. 13. 1 ─ É esta
a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas
será confirmada toda palavra... De
igual modo, João nas suas informações sobre o fim de todas as coisas; fala de
duas testemunhas; que no meu livro Ceia,
sim! Cruz, não! as identifiquei
como sendo Miguel e Gabriel, os dois ungidos que assistem diante de Deus,
conforme é explicado em Zacarias 4. 11-14, no sentido alegórico, como vou
explicar na resposta de número 23. O Antigo Testamento e o Novo Testamento ─ que se desdobram no
pergaminho comido (Ezequiel 3. 1-3) e o livrinho, também comido (Apocalipse 10.
8-11)), no sentido literal. Temos de igual modo, as duas testemunhas, que também ajudam a validar essa
regra, conforme Apocalipse 11. 3-4 ─ E
concederei ás minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por
mil duzentos e sessenta dias. Estas
são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor de
toda terra.
48
Há ainda que se considerar com relação a essa questão
regra, que assim como Isaías não tinha a consciência de que a estava
fundamentando; anteriormente esse outro vetor, ao qual dei o nome de Simetria de
Sistematização; que é parte dessa regra. Já estava em curso desde o
livro do Gênesis. Embora o jeitinho dado
por Sara tenha sido a causa do nascimento de Ismael; essa dicotomia entre
Ismael e Isaque ─ problema ainda não resolvido hoje no relacionamento difícil
entre seus descendentes, judeus e palestinos
─, que de alguma forma ajudam a validar a regra das duas testemunhas.
49
Os dois gêmeos, Esaú e Jacó, também validam ou são
mais um elemento didático da formatação dessa regra... E aqui no caso de Esaú e
Jacó é fácil se constatar a intenção de Deus na construção de mais esse ponto
ou fator na composição de todo o lastro comprobatório; onde afirmo sem medo de
errar, não ter sido o nascimento de gêmeos a Isaque e Rebeca uma mera
coincidência e sim algo planejado por Deus para fortalecer essa regra e gerar
história a partir de personagens antagônicos. No quinto livro do Pentateuco, o
Deuteronômio, que basicamente é a reiteração das leis ou as repetições
necessárias, que viria incorporar essa regra a ser estabelecida
posteriormente... Dentro dessa mesma visão, temos de maneira clara e objetiva a
reiteração ou efetivamente a repetição da lei maior, os dez mandamentos; que é a
síntese de princípios, de obrigações e comprometimentos para com Deus ─ quatro
mandamentos para com Deus e seis para com os homens ─, estando grafado o
primeiro texto em Êxodo 20. 1-17 e o texto de reiteração ou repetição, que
valida essa regra em Deuteronômio 5. 7-21.
50
Neste período, que compreendeu a caminhada do Egito
para a terra prometida; teve-se a dramática travessia do mar vermelho (Êxodo
14. 9-31) ─ num livramento extraordinário da parte de
Deus ─; que após o povo estar do outro
lado; as águas do mar a mando de Moisés submergiram o exército de Faraó que
perseguia o povo de Israel; sendo que esse milagre credenciou definitivamente a
liderança de Moisés. Após toda essa demonstração da parte de Deus; teve-se
infelizmente a covardia e o retrocesso de dez dos doze espias ─ os
quais contaminaram todo o povo de Israel com as suas falta de fé ─; entretanto, foram duas testemunhas
verdadeiras, Josué e Calebe que garantiram ao texto sagrado, o registro de que
dois (duas testemunhas), que eram parte daqueles doze mandados para espiar a
terra; esses mantiveram acesa a fé objetiva que agrada a Deus, e foram também
esses registros parte desse arcabouço
comprobatório.
51
Após a entrada na terra prometida tivemos um evento,
que foi a maneira pela qual Deus mostrou ao povo; que assim como fora com
Moisés, também estaria com Josué, e a semelhança de como fizera o povo
atravessar o mar vermelho, de igual modo, por intermédio de Josué fez o povo
atravessar o rio Jordão (Josué 3. 7-17), que conforme o versículo sete, ali na
passagem do rio Jordão, o Senhor estava mostrando ao povo a sua aprovação a
Josué e que seria com ele como fora com Moisés, usando outro milagre semelhante
ao primeiro.
52
Posteriormente viu-se dentro dessa saga do povo judeu
mais dois momentos distintos, entretanto, com as mesmas características quanto
a propósitos e objetivos por parte de Deus, que foram o período dos Juízes; de
Josué ao último de fato juiz, e primeiro de fato profeta e juiz, Samuel.
Tive-se o período monárquico com profetas não-canônicos e os canônicos que terminou
no profeta Malaquias ─ último profeta do Antigo Testamento ─, que precedeu o período chamado
inter-bíblico até o nascimento e ministério de João Batista, que é o início da
era cristã. Quando esses dois momentos do relacionamento e aprendizado com Deus,
que ensejou o criar a oportunidade de ver se os
seres humanos através do povo judeu, caminhariam pelas suas próprias
decisões, a partir das leis já existentes no período dos juízes e o chamado
período inter-bíblico; sendo que esses dois fatos também consagram essa regra.
No período da monarquia tivemos os relatos desse
período registrados nos livros dos Reis, e reiterados ou repetidos nos
livros das Crônicas; que embora no cânon judaico não sejam quatro e sim
dois; e no livro das Crônicas (Atas), que na LXX (septuaginta), eles foram
chamados de paraleiponema (grego, o
que não foi dito ou aquilo que faltou dizer), todavia é a repetição do livro
dos reis ou são (os dois) as repetições (as duas) dos livros dos
reis.
53
No meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não!
detalhei que no livro de Daniel é mostrado o roteiro de todo o plano de Deus
para a redenção de toda a raça humana; que identifiquei como o roteiro dos
quatro macro-poderes; quando simplesmente isto já estava identificado pelos
judeus, antes mesmo do início da era cristã; com o nome de Quarta Filosofia... O que quero concluir quanto a isso é que a
informação sobre os quatro macro-poderes (2º Império babilônico, o Medo-persa,
o Greco-macedônio e o Romano) está a partir da duplicidade das informações
contidas no livro de Daniel; sendo que a primeira é a da estátua do sonho de
Nabucodonosor, conforme Daniel 2. 36-48 (que mostra nas duas pernas e
pés a posterior existência dos dois Impérios romanos), e a segunda, que é a
dos quatro animais simbólicos, conforme Daniel 7. 1-8 e Daniel 7. 15-28...
Esses três textos; um sobre o sonho de Nabucodonosor ─ cuja interpretação é a
dos quatro macro-poderes e os dois textos da visão de Daniel que corresponde
aos mesmos quatro macro-poderes ─, mostram claramente que essas inserções não
foram aleatórias e sim metodicamente planejadas para serem estudadas, validar
essa regra ou a presença sistemática delas, para informar a efetiva
interligação entre todo o ensino bíblico e informações previamente
estabelecidas.
54
Dentro dessa questão macro-poderes, cujo último é o
Império romano representado no livro de Daniel 2. 36-48 ─ a estátua do sonho de
Nabucodonosor, também Daniel 7. 1-8
e 7. 15-28 ─ o animal terrível da
visão de Daniel ; no desdobramento tem-se no Novo Testamento a primeira besta,
Apocalipse 13.1-10 ─ a besta que subiu do mar, que é também o
Império romano e o seu desdobramento, 17. 1-3 ─ o Império romano do
Ocidente sendo suplantado pela Igreja católica romana ─; consolidando mais uma vez a regra das duas
testemunhas, tem-se a segunda Besta, Apocalipse 13. 11-18 ─ a besta que subiu
da terra, cujos dois chifres correspondem: um, ao Império romano do Ocidente e o Papa
de Roma, e o outro, ao Império romano
do Oriente e o Patriarca da Igreja
ortodoxa, conforme já detalhei no meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não!..
55
Nesses dois parágrafos imediatamente anteriores,
mostrei que as profecias de Daniel foram repetidas em Apocalipse nas revelações
recebidas por João; quando em outros períodos com a mesma contagem de tempo
(fatos concomitantes) foram repetidos nessas revelações e profecias sobre os
mesmos personagens, como o explicado acima; que dentro da visão de Hermenêutica
infere objetivamente que as revelações de Daniel são legitimadas e sancionadas
nas revelações tidas por João no final do primeiro século. Estou dizendo isso porque
mais à frente vou citar o importante trabalho de Josh McDowell quanto defende
a historicidade e autoria de Daniel para
o livro que leva seu nome; daí chamar a atenção para esse meu anterior
trabalho, no qual melhor associei as profecias do livro de Daniel às de
Apocalipse, inclusive mostrando a sua perfeita interligação e a conseqüente
conclusão de que sem o livro do profeta Daniel não se conseguirá explicar
Apocalipse; e sem Apocalipse também não se explicará Daniel e nada que seja
escatológico, e em contrapartida as revelações de João no Apocalipse legitimam
o livro de Daniel.
56
Como vou ponderar imediatamente a seguir sobre a
profecia de Daniel quanto à Abominação
Desoladora, conforme Daniel 8. 11-14 e 11. 31, que se cumpriu no período da
Revolta dos Macabeus e voltou a se
cumprir na destruição de Jerusalém, nessa metodologia bíblica da duplicidade ou
dois fatos de comprovação.
57
A profecia sobre O EMANOEL, o Filho de Deus conosco;
cumpriu-se primeiramente, no reinado de Acaz (de forma alegórica), como
está em Isaías 7. 1-25 e 8. 1-8 e
posteriormente no início da era cristã com o nascimento do Senhor Jesus,
conforme Mateus 1. 22-23.
58
Isaías, considerado o profeta messiânico; profetizou
de 760 a 698 a.C... O início do seu ministério está registrado no seu livro,
onde se lê que começou no ano em que morreu o rei Uzias ─ o segundo em tempo de
reinado no reino de Judá (52 anos), perdendo tão-somente para o profano rei
Manassés que reinou durante 55 anos... Uzias, cujo ano da morte marca o início
do ministério de Isaías, intentou intrometer-se no sacerdócio, sendo ferido de
lepra pelo Senhor. Filho de Amazias, pai de Jotão, que teve como filho o rei
Acaz, sobre quem efetivamente quero tratar...
59
Acaz, no seu reinado, temendo os sírios e o reino de
Israel, entrou em desespero, e com isso resolveu unir-se aos assírios; coisa
que desagradou ao Senhor, lhe enviando o profeta Isaías, que a mando do Senhor
lhe deu o direito de pedir um sinal da parte de Deus (Isaías 7. 11-12)... Acaz
que já resolvera confiar nos assírios, disse que não pediria nenhum sinal ─ e
fez coisas desastrosas nessa sua dependência da proteção dos assírios ─, como o até copiar um altar pagão para
colocá-lo em Jerusalém.
60
O sinal que Acaz não quis pedir; assim mesmo foi dado,
entretanto as conseqüências advindas do que esse sinal apontava, foram ruins
para ele do reino de Judá; para o reino de Israel, também para os sírios e para
os assírios em quem ele confiara.
61
Tudo isso para explicar que o sinal que Deus queria
dar e mostrar poderia ter conseqüências diferentes, não ruins, entretanto teria
que ser dado; porquanto foi esse sinal a primeira profecia literalmente alusiva
ao nascimento do messias menino EMANOEL que significa Deus conosco (por meio do
seu Unigênito Filho Jesus), que aconteceu naquela época no filho daquela
profetisa (Isaías 8. 3) e posteriormente se consolidou no nascimento do Senhor
Jesus, ou exatamente mais um elemento comprobatório dessa regra bíblica de dois
eventos ligados à mesma profecia, conforme Isaías 7. 10-15, 8. 3-4 e Mateus 1.
22-23.
62
Fala-se muito sobre a Grande Tribulação, que
segundo esses, virá após o arrebatamento da Igreja, fundamentando-a nos
registros de Mateus 24. 15, Marcos 13. 14 e Lucas 21. 20-24, erradamente intitulada
nas Bíblias de a Grande Tribulação,
que é a Abominação da Desolação, que
definitivamente fez cessar o holocausto contínuo; dessa fala do Senhor Jesus,
conforme a profecia de Daniel 11.31-33, que tem seu seguimento nos 1290 dias da profecia de Daniel 12. 11.
E que teve a mesma característica da profecia de Daniel 8. 11-14 quanto ao Holocausto Contínuo que fora retirado
em 15 de dezembro de 168 a.C. e posteriormente restabelecido em 25 de dezembro
de 165 a.C., que detalho de maneira pormenorizada no seguimento. A retirada do Holocausto Contínuo e a Abominação da Desolação, como os
outros eventos que estou citando como parte da regra de Simetria de Sistematização são de fato duas, cuja segunda expliquei
no livro Ceia, sim! Cruz, não! ter acontecido; não quando o exército romano conseguiu entrar
em Jerusalém, invadir e destruir o templo, e sim anteriormente quando da
insurreição dos Zelotes e Sicários, que foram os que profanaram o templo,
quando promoveram mortes em suas dependências e o usaram como quartel, na luta
contra os romanos, sendo que isto se deu a partir do ano 66, quando as
advertências contidas no Evangelho de Lucas, quanto ao fugir de Jerusalém ainda
era plenamente possível, pois o cerco efetivo começou em 67, com a posterior
tomada e destruição no ano 70... Sendo esse evento a literal Abominação Desoladora de Daniel 11.
31-33, que foi o segundo acontecimento que fez cessar o holocausto contínuo (o
sacrifício de animais no templo) como o primeiro das 2300 tardes e manhãs de
Daniel 8. 11-14.
63
Essa verdade sobre a duplicidade de eventos ou
reiteração de informações, como estou demonstrando ser regra de autenticação e
o demonstrar de Deus de como Ele comanda a história; já fora usada de outra
forma segundo nos explica Harold
Schaly no seu pequeno “grande livro”, Breve História da Escatologia cristã ; que
trata como especulação o dito por Hal Lindsey no seu livro A Agonia do Grande Planeta
Terra e na Bíblia de estudos de Scofield, e se alinham com a visão Dispensacionalista;
quando trazem para, ou mesclam com o Pré-milenismo,
a Abominação Desoladora com o nome de
Grande Tribulação e dizem que ela se
iniciará imediatamente ao arrebatamento, e será aquela; que estaria ainda hoje
por acontecer, a segunda profanação do templo, segundo eles; conquanto também
precisará que sejam demolidas as mesquitas islâmicas, O Domo da Rocha e a de El-Aqsa,
para que seja construído o novo templo que o anticristo profanará; que se fosse verdade essa especulação; seriam
três as profanações, porquanto duas já aconteceram. Quando concordo com Schaly
sobre a improcedência dessa especulação é porque, de fato decididamente a
destruição de Jerusalém está identificada no texto bíblico como a Abominação da Desolação da profecia de
Daniel, cuja conexão é claramente comprovada com a profanação que gerou a
chamada revolta dos Macabeus (a primeira), como vou detalhar a seguir, todavia,
a especulação de duas grandes tribulações,
é no caso de Lindsey e Scofield especulação
e erro por estarem a partir de eventos e fatos errados, entretanto, de fato, já
aconteceram duas abominações da desolação
e duas grandes tribulações,
conseqüentemente a visão escatológica Pré-milenismo
Dispensacionalista Tribulacionista é fantasiosa, anacrônica e sem a mínima
comprovação bíblica e também sem base na evolução histórica do cumprimento das
profecias. Tanto que, pode-se também elencar a similitude do espólio do Império
Greco-macedônio: o reino selêucida na dinastia do general Seleuco e o reino
ptolomaico na dinastia do general Ptolomeu, em mais uma validação desta regra;
com o posterior espólio ou divisão do Império romano em dois (2): em Império
romano do Oriente e Império romano do Ocidente.
64
A primeira abominação se deu antes da Revolta dos Macabeus, no dia 15 de dezembro (o nono mês, o Quisleu, conforme I Macabeus 1.54) de 168 a.C., cujo motivo
principal fora a profanação do templo a mando de Antíoco Epifanes. Em 25 de
dezembro, também nono mês, o Quisleu,
conforme I Macabeus 4. 52-54 Do ano 165 a.C., quando se consolidou o
cumprimento da profecia de Daniel 8.
11-14 ─
as 2300 tardes e manhãs, ou os três anos e dez dias de tempo de duração,
da profanação até purificação do templo
─, que foi usada pelos Adventistas,
para determinarem que a volta do Senhor Jesus se daria no ano 1844...
65
Quanto as 2300 tardes e manhãs usadas pelos Adventistas com o pressuposto de
corresponderem a um período 2300 anos; decididamente não há base bíblica para
que conclua assim, tanto que não se mostrou certa essa especulação... Como já
detalhei no meu livro Ceia, sim! Cruz,
não! ─ que aqui tenho citado
ostensivamente ─; os números grafados
como dias nos livros de Daniel e Apocalipse, de fato referem-se há anos;
porquanto a profecia dos 490 dias do Ungido (as setenta semanas) se cumpriu em
490 anos para a maioria dos estudiosos bíblicos (exceto para os pré e pós
milenistas, que são tribulacionalistas, que penduraram uma semana das setenta
no tempo, a partir do inconseqüente e para “não sabem quando”); diferentemente
do que os Adventistas disseram; tardes e manhãs têm a ver com parte ou fração do dia
e não do inteiro “dia”, e ainda se eles tivessem procurado elucidar a questão
fração do dia; que de fato tem que ser feito para se interpretar esse texto,
restaria que não há compatibilidade entre terdes e manhãs e dias como sendo anos,
como o são em outros textos de Daniel e também de Apocalipse; e de igual modo,
todo o contexto das informações proféticas do capítulo 8 e 11 do livro de
Daniel, está efetivamente ligado a queda do reino
Medo Persa e a ascensão do reino
Greco-macedônio com Alexandre o
Grande, que após a sua morte, seu reino é dividido em quatro, conforme
Daniel 11. 3-4, que caminhou na proeminência de dois deles por intermédio dos descendentes do general Ptolomeu,
o reino
do Sul e do general Seleuco, o reino do Norte, de
quem o profanador Antíoco Epifanes descendeu.
66
O que se sabe sobre as 2300 tardes e manhãs, é que no
período do Antigo Testamento, para o dia
─ parte da claridade do sol ou
efetivo dia, se considerava: das seis horas às dez horas, como manhã; das dez horas
às catorze horas, como calor do dia; das catorze horas às dezoito horas ou a
efetiva tarde como o frescor do dia... Dessas constatações e soma, que
corresponde exatamente a tardes e manhãs, temos que 2300 tardes e manhãs são de
fato 12 horas vezes 2300 ou 27.600 horas ou ainda 1150 dias ou finalmente três
anos e dez dias.
67
Voltando às
principais informações anteriores: No dia 15 de dezembro (Quisleu) de 168 a.C. foi construído um altar pagão sobre o lugar do
altar do Deus de Israel; já tendo antes havido violência e perseguição contra o
povo judeu, a mando de Antíoco; depois da profanação, essa perseguição tendo
aumentado, motiva a revolta que ficou conhecida na história como a Revolta dos Macabeus, que começa na
liderança de Mathias (o primeiro dos Macabeus), que morreu no ano seguinte, assumindo o seu filho Judas
Macabeu, que por meio de vitórias sobre o invasor... No dia 25 de dezembro (o Quisleu) de 165 a.C., o
templo e o altar foram purificados, que gerou a celebração da festa que os
judeus denominaram de Hanucah (festa
da dedicação), a partir de que aumentaram o número lâmpadas do candelabro em
mais duas segundo a tradição dessa festa. Se estivemos acompanhando a avaliação
dos números e datas registradas até agora, fatalmente percebemos que da data da
profanação até a data da purificação do santuário, como é dito na profecia de
Daniel 8. 14 se passaram três anos e dez dias ou as 2300 tardes e manhãs dessa
profecia de Daniel.
Fragmento V do livro
O
PRETENSO ANTICRISTO
68
Antes de entrar neste Tema ou assunto anticristo
informo de antemão que não vou tratar aqui do Tema Illuminati nem tampouco daquilo que é extraterreno do ponto de
vista humano e tecnológico (Extraterrestres);
por entender que tanto um como o outro não deve nem merece ter alinhamento
(estar presente) com Escatologia bíblica. Com relação a Extraterrestres,
Ecologia e Escatologia; aproveito aqui para citar um Best-seller ─ como tudo com as características do veiculado nesta
obra, ironicamente se torna ─, da literatura britânica a obra de Douglas Noel
Adams (1952 - 2001), O Guia do Mochileiro
das Galáxias (da trilogia de “cinco”, assim Adams se refere a esse seu
conjunto de obras); e chamar a atenção, principalmente para o pequeno grande
livro de Voltaire (1694 - 1778) A
Princesa de Babilônia, um perfeito conjunto de críticas ao que acontecia no
seu tempo, em sátiras bem dosadas e objetivas. Quanto a Adams em seu Mochileiro
─ uma tremenda sátira de sistemáticas gozações (pilhérias, perdoe o coloquial)
aqui e ali quando as narra no agir dos coadjuvantes e os dois principais
personagens: o inglês Arthur Dent e Ford Prefect, o E. T. ─; em cuja Saga,
entendo eu, há clara semelhança (excetuando o Mote de cada uma) entre essa do
Mochileiro e a Saga do príncipe Amazan na busca de sua amada, a princesa
Formosante; personagens da obra A
Princesa de Babilônia de Voltaire. Das quais, tomo a de Adams no seu Mote
ecológico e escatológico, da derrubada da casa de Arthur Dent, com o objetivo
de por lá passar um desvio para facilitar o ir e vir das pessoas; também,
segundo lhe informou posteriormente Ford Prefect, o planeta terra também seria
arrojado de sua órbita para melhorar o trânsito nas Galáxias, quando, em sua
obra, esta Saga que envolveu toda trajetória desses dois: Adams pilheriou sobre
tudo o que estava ao seu redor; como Voltaire fizera anteriormente (de maneira
mais nobre e objetiva) em seu A Princesa
de Babilônia (que vou citar novamente na resposta de número vinte e
dois)... Quando nos deparamos com coisas do universo da fantasia e do hilário,
isto enseja imediatamente lembrarmo-nos de algumas coisas passadas... Sendo
eu um duro de classe média baixa, e hoje aposentado. O meu sonho de consumo
no passado foi o amado (ainda hoje por mim e muitos) Ford Mustang modelo 1964
conversível, sendo o interessante quanto à citação da obra do Adams; o fato, do
nome de um dos personagens ser de um modelo dos automóveis da Ford, o Ford
Prefect (1938 a 1964), que fui proprietário de um do ano 1934 (muitos anos
depois; não lembro exatamente quando)... Coisas da ficção e as reais de
características emocionais e lúdicas sempre nos motivam e mexem com a nossa
vivência interior romântica.
69
Voltando ao Mote da sátira de Adams ─ que teria o
espectro de escatologia extraterrestre ─ e elencando a isto a dita Idéia
escatológica da Ordem Mundial ligada aos Illuminati-s; as junto (somo) às
outras, que são também fantasiosas, todavia, pondero: guardada as devidas
proporções. E prossigo dizendo: As versões escatológicas (Escolas) mostradas
acima (em subtítulos anteriores) embutem também a idéia da chamada Grande
Tribulação, que não vou comentar aqui porque na resposta à pergunta Quais foram, e quantas as tribulações que já
se cumpriram, isso será plenamente
respondido ─ como também, já fiz parcialmente, na explicação da regra da Simetria de Sistematização, no subtítulo
anterior ─, todavia quero terminar essa
exposição inicial falando do que circula por aí há séculos (pois começou no
período apostólico) sobre Escatologia, mencionando o que é tido como o seu
principal ator: O sempre por vir indivíduo terrível e abominável denominado
anticristo, para após isso falar de maneira específica sobre as sete cartas de
Apocalipse e então entrar nas perguntas e respostas que são a base desse livro.
Nas quais, a pergunta sobre o anticristo não aparece, justamente por ser a
idéia desse poder individual, algo que não tem, decididamente, nada a ver com
Escatologia.
70
Quando digo
que a Idéia de um determinado anticristo Grandão
é improcedente; o faço apoiado principalmente no fato de Daniel no seu livro,
que é o roteiro de todo o plano de Deus, e João, que teve a missão de completar
e estabelecer ─ junto com Daniel, o roteiro e João a
complementação ─, toda a fundamentação Escatológica. Também pelo fato de João,
que é a base complementar final das informações sobre Escatologia não ter
registrado no Apocalipse, nada absolutamente nada, que possa legitimar essa
hoje já milenar fantasia. Pelo contrário, de forma antecipada, nas suas cartas,
João ironiza a possibilidade da existência dessa fantasiosa figura ─ já boato e
senso-comum antes dele escrever o Apocalipse, como vou mostrar de maneira
detalhada no seguimento desse tópico ─;
todavia, vale a pena, já de antemão, chamar a sua atenção para a ironia e o
contestar de João na direção dessa fantasia, que começou no início da era
cristã. Senão vejamos exatamente o que ele disse a partir dessa crença mal
fundamentada.
71
Como já informei; sendo esse assunto ou essa fantasia,
fruto do chamado senso-comum ─ que já o era antes do final do primeiro
século ─; pois, João, na sua ironia refere-se a esta fantasia como sendo fruto
de um frágil boato que já se tornara senso-comum, quando disse, conforme I João
2. 18 ─
Filhinhos, esta é a ultima
hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos
se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora (plena
ironia, sem a menor dúvida). Se os
irmãos daquela época não entenderam a ironia de João ─ e de
fato não entenderam, porquanto essa fantasia continuara, continuou e continua
viva entre nós, ajudada por eles ─; não
é nem será nada verossímil, inteligente, racional, histórico e principalmente
bíblico, a continuação desse entendimento improcedente e fantasioso chamado
anticristo no singular. E, antes de
prosseguir no estudar sobre isso de maneira detalhada. Quero aproveitar
para transcrever três ironias de Paulo nas suas cartas; para mostrar que ironia
por parte dos discípulos era a forma de chamar a atenção para determinados
assuntos, inclusive, Jesus também as usou, as de Paulo, conforme Romanos 8.
9 ─
Vós, porém, não estais na carne,
mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. I
Coríntios 4. 10 ─ Nós somos loucos por amor de Cristo, e
vós sábios em Cristo; nós fracos; e vós fortes; vós ilustres, e
nós desprezíveis e I Coríntios 15. 17 ─ E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã
a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Também no evangelho de
João, capítulo seis está intitulado pelo tradutor de Jesus o Pão da Vida, quando após o discurso de Jesus (que foi muito
duro, segundo os discípulos) e a sua irônica pergunta, depois que quase todos
que o seguiam se retiraram, conforme João 6. 67
Perguntou então Jesus aos doze: Quereis
vós também retirar-vos? O que
ensejou a célebre afirmação de Pedro (o
versículo seguinte) Respondeu-lhe
Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna.
Anteriormente Jesus fizera outra ironia muito séria ao dar testemunho de João,
conforme os relatos de Lucas 7. 24-35 e Mateus 11. 17-19, que transcrevo
somente os versículos 16 a 19 (leia todo o texto) Mas, a quem compararei esta geração? É
semelhante aos meninos que, sentados nas praças clamam aos companheiros:
tocamos flauta e não dançastes; cantamos lamentações, e não pranteastes. Porquanto
veio João não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem,
comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de
publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras.
Não vou aqui criar uma lista interminável de ironias perfeitamente pertinentes
no texto bíblico, até por não ser necessário, entretanto existem (como mostrei)
e no caso específico do anticristo versus
anticristos, o estudar e identificá-la como tal, é fundamental para o
entendimento do por quê João a usou, e as suas conseqüências no pleno
entender o que é realmente o estudo de
Escatologia.
72
As referências bíblicas que se tem para esse chamado
anticristo (ou na realidade anticristos) estão nas I e II epístolas de João,
que são: I João 2. 18- 22, I João 4. 3, II João 1. 7, que por meio de alguns
apologistas do passado, por Agostinho e muitos outros antes e pós reforma, chegou
até nós ─ que desde o terceiro século veio se consolidando como uma espécie de
inimigo público número um de toda a humanidade e ainda, sempre por vir. Sendo
plenamente redundante: mas, entretanto,
todavia, porém; esse pretenso líder: terrível, truculento, malvado, e só faltando dizer que irá até se
alimentar de criancinhas, e denominaram-no de “o anticristo” ─ no
singular, quando João o fez no plural ─;
não corresponde ao que realmente o texto sagrado ensina por intermédio do
apóstolo João (nem mesmo quando ele fala de anticristos) a quem coube a missão
de informar sobre esse assunto concernente ao fim de todas as coisas.
Como procurarei explicar o motivo pelo qual o Senhor não mandou João trazer
essa idéia para discussão escatológica, quando da feitura do Apocalipse, sendo
ele, antes disto usado pelo Espírito Santo, no limpar (fazê-la não verdadeira)
de forma objetiva, essa indevida denominação relativa a um poder de indivíduo.
Porquanto o que estava profetizado desde Daniel era a hegemonia de instituições,
como também o seu seguimento ou continuação no Apocalipse essa trajetória
profética escatológica , contemplaria tão-somente o identificar instituições;
sendo isso muito claro para quem de fato estuda e entende de Escatologia
bíblica.
73
Há basicamente o consenso de que o Evangelho de João
tenha sido escrito no ano 90, as suas epistolas entre os anos 90 e o Apocalipse
no ano 96. Na 1ª e 2ª epístolas (escritas possivelmente entre essas duas datas,
como já identifiquei acima), João constrói a denominação anticristos para
aqueles que pregavam heresias. Essa terminologia e a idéia de anticristo
possivelmente nasceram da lembrança dele quando da informação de Jesus quanto
aos “muitos que viriam em seu nome” (Mateus 24. 1-4, Marcos 13. 113 e Lucas 21. 19), sobre a qual
Paulo quando falou de maneira profética sobre as instituições que viriam,
mencionou o que ele chamou de o “iníquo, o homem da iniqüidade (ó ανθροωπος
της ’ανομίας), o filho da perdição
(ό νίòς της ’απωλίας), aquele que se
assenta no lugar de Deus parecendo Deus” (...) (II Tessalonicenses 2. 3-9, escrita no ano 52). Na sua carta
anterior, escrita a eles, I Tessalonicenses 4. 13-18 Paulo já havia falado sobre a volta do Senhor Jesus para arrebatar
sua Igreja, e advertiu que essa volta
seria sem aviso ─ como um ladrão, conforme Jesus ensinara ─ num
momento de aparente paz (I Tessalonicenses 5. 2-3). Voltando a II Tessalonicenses
capítulo dois (escrito posterior), que foi a retomada do mesmo assunto; e agora
explicando não ser iminente essa volta ─ como os discípulos pensavam
inicialmente (Atos capítulo dois ao seis)
─, pois seria precedida de uma série de acontecimentos que demandaria
algum tempo ─ e hoje sabemos ser um longo tempo, já quase 2000 anos... Jesus
tinha explicado (por insistência dos discípulos) que muitos viriam em seu nome,
e isso hoje é talvez a coisa mais comum no nosso dia-a-dia evangélico, aqui e
ali aparecem lideres com ações mirabolantes e dizendo que a mando de Deus.
Paulo preocupado com a repercussão da sua primeira carta no ano 51 sobre o
arrebatamento da Igreja, talvez exatamente pela expressão: nós, os que ficarmos vivos (I Tessalonicenses 4. 15 e 17), que os
teria induzido a crer ser essa vinda imediata, pois estariam ainda vivos, como
se Paulo estivesse se ajustando à visão dos demais discípulos, quanto a volta
iminente de Jesus. Posteriormente, no ano seguinte, disse em II Tessalonicenses
2. 2 ─
que não vos movais facilmente do
vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra quer
por epístola como a enviada por nós,
como se o dia do Senhor estivesse próximo. E a partir daí, primeiro
destruiu ou anulou a idéia vigente da imediata volta de Jesus e então construiu
a verdadeira trajetória de um tipo de
liderança (não de um líder único), que ele chamou de o iníquo; que se
assentaria no lugar de Deus parecendo Deus (verso quatro), que talvez tenha
ajudado essa individualização. E de fato ajudou, porquanto a partir dessa sua
informação se criou essa idéia, e atualmente de maneira aleatória se perpetua
essa fantasia de que virá um governante, que inclusive se assentará no trono no
templo que será novamente construído no local do anterior em Jerusalém,
profanando-o. Local esse onde estão hoje as mesquitas Domo da Rocha e de El-Aqsa; e considerando-o (ele) esse pseudo líder sempre
por vir, etimologicamente como anticristo ─
se fosse verdade seria normal e
correto do ponto de vista gramatical ─,
pois se refere a alguém “anti”, denominação normal para todos os que são contra
Cristo, a de anticristos; não sendo necessária essa denominação com status do nome; para um indivíduo específico que viria, pois assim
sendo, ele, o anticristo, teria que ser adjetivado como, por exemplo:
anticristo; o grande, o big, o grandão, o maior de todos ou
sei lá, alguma coisa que o identificasse como diferente e mais pernicioso que
os outros anteriores, atuais e posteriores... Também, a falta de conhecimento
bíblico e a incapacidade de trabalhar fatos históricos e registros do texto
sagrado na sua exata e racional interpretação (como Paulo nos exige em rogo em
Romanos 12, e não as fantasias de ficção); impedem até as pessoas entendidas
com conhecimento lingüístico, porquanto não têm entendido uma simples ironia
contida em um texto também simples e com contextos históricos e literais
plenamente identificáveis.
74
Diferentemente, João pegou essa idéia mal interpretada
pelos discípulos e os primeiros crentes, do iníquo da segunda carta de
Paulo aos Tessalonicenses, e a trouxe
para a denominação genérica anticristo diluindo-a da sua
individualidade, quando disse
(reiterando), conforme I João 2. 18
─ Filhinhos, esta é a ultima hora; e, conforme ouvistes que vem
o anticristo, já muitos anticristos se tem levantado; por onde
conhecemos que é a última hora. João anulou aqui a idéia do
anticristo único ou exatamente a de um anticristo grandão (um grande líder), pois fala do anticristo no singular de
maneira irônica e ao mesmo tempo se contrapondo, quando valoriza e dá pertinência
à idéia do plural, anticristos. Também, no seguimento ele diz ou identifica
literalmente esses ditos, não o anticristo e sim, os anticristos, conforme o versículo
seguinte, I João 2. 19 Saíram dentre
nós (os anticristos), mas não eram
dos nossos; porque, se fossem dos
nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se
manifestasse que não são dos nossos. Também o texto de II João 1. 7 Porque já muitos enganadores pelo mundo, os
quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o
anticristo. Desde o início da era cristã já existiam os contra Cristo,
que João denominou de anticristos e por já serem muitos naquela época, não tem
isto nada a ver com o único indivíduo (o anticristo), como vou continuar
explicando.
75
Para dar uma melhor visão didática no entendimento do
que Paulo havia dito aos de Tessalônica na sua segunda carta sobre o homem do
pecado ou o iníquo que se assenta no lugar de Deus parecendo Deus, vou buscar
construir uma paráfrase (transcrita em negrito itálico para melhor
visualização) sobre esse texto naquela sua carta, caminhando na intenção dessa
didática, que seria mais ou menos o
seguinte: ─ Pensem na volta do Senhor como lhes expliquei na
carta anterior (I Tessalonicenses 4. 13-17) e não o que estão divulgando por
aí, que será no nosso tempo ou como os demais discípulos pensaram e agiram em
Jerusalém; quando estabeleceram ali uma espécie de comunismo cristão (Atos
4. 32-35), que eu ainda não convertido, mas por ação do Espírito Santo do Senhor
(Gálatas 1. 15), persegui a Igreja para que parassem com
aquilo e começassem “o ide de Jesus” (Atos 1. 8); pois aquele ou aqueles que se
assentarão no lugar de Deus parecendo Deus, que informo na minha segunda carta
(ditando normas como se fosse o seu legitimo representante na terra); o
primeiro deles será o Papa Leão I, que exercerá essa função a partir do ano 440
ao 461 e os seus subseqüentes sucessores até a volta do Senhor Jesus, que serão
muitos, representando a instituição a que pertencerão, a Igreja católica
romana, que será o espólio ou evolução do Império romano, que continuará nela e
na Igreja ortodoxa ─ que será o Império
romano no seu desdobramento em dois ─ o
do Ocidente e o do Oriente ─, conforme
Daniel capítulos dois e sete e também serão citadas por João no Apocalipse, e
quanto ao mais, João, quando escrever suas epístolas ─
mostrará que no nosso meio já existe esses homens iníquos e que
existirão muitos mais em diversas igreja chamadas evangélicas que advirão da
Reforma chamada Protestante ─,
posteriormente no Apocalipse, lhes revelará todas essas questões nos
mínimos detalhes. Caminhemos
agora de maneira pormenorizada no que João nos explica sobre o anticristo e
principalmente os anticristos...
Conversava com um amigo formado em Teologia e aficionado em Escatologia, que
contestou com veemência o dito por mim acima, quando identifico a fala
profética de Paulo em II Tessalonicenses capítulo dois com o início da Igreja
católica e seus Papas. Dizendo ele que eu não teria como provar o que dissera,
entretanto, para quem conhece plenamente a história da evolução do
cristianismo, vê claramente essa comprovação histórica da trajetória desses
poderes; que inclusive, vou detalhar nas respostas às perguntas que são a base
desse estudo. Também considere além do que a história tem provado , que a
fantasia (heresia) do anticristo único ou grandão
foi e continua sendo o fruto da indevida intromissão dos demais discípulos
nesse assunto Escatologia, que não lhes competia quanto à efetiva cronologia
dos fatos, conforme Atos 1. 6-8, quando enfaticamente Jesus lhos advertiu que
não se metessem nesse assunto, que quanto a essa intromissão, inclusive, nos
parece que João não tomou parte nisto, porquanto nas suas cartas ele fez ironia
sobre esse assunto e no seu evangelho João 21. 23-24 ele diz textualmente que
não entendia como verdade a iminente volta de Jesus antes dele (João) morrer...
Estudo bíblico é coisa muitíssimo séria, tenhamos toda atenção e cuidado quanto
a isto.
76
Como disse anteriormente, de maneira clara os textos das
epístolas de João trabalham a idéia de anticristos e não a do anticristo (a
hegemonia de um indivíduo), que segundo ele, já havia muitos naquela época,
sendo essa conclusão perfeitamente lógica e verdadeira. E quando digo que João
foi irônico ─ observe e leia com carinho as três referencias nessas
epístolas ─, nas quais, no versículo
sete da segunda carta e em I João 4. 3 ele diz primeiramente de forma enfática
que o anticristo já estava ali entre eles, ou melhor, os anticristos ─
ironia, via de regra, se entende plenamente com a entonação no falar (a
maneira óbvia) ou pelo contexto, que demanda análise gramatical e semântica,
como é o caso em apreço. Se já há anticristos (plural), pensar no singular (um)
cabe obviamente plena ironia. Também
essa forma de referir-se a esse pretenso líder, foi dele, pois essa idéia e
entendimento vieram da interpretação errada do iníquo ou homem do pecado e
filho da perdição da segunda carta de Paulo aos Tessalonicenses, capítulo
dois. Observe que João perguntou e imediatamente afirmou quem seria essa
pretensa liderança e a anulou no seu entendimento como um líder único;
quando disse objetivamente que naquela época já havia muitos iníquos ou
anticristos, como ele denominou para objetivar a contraposição desses em
relação a Cristo (os anti ou contras), que nessa denominação se tornou mais
clara a inexistência da vinda desse líder único; e ao mesmo tempo mostrar de
maneira evidente, para nós hoje, que lá no seu tempo já havia muitos anticristos,
e que muitos outros ainda viriam antes da volta do Senhor Jesus, como vemos
hoje aqui e ali. Senão vejamos! Logo em seguida tivemos o evento da feitura do
Apocalipse; no qual, a idéia desse pretenso
anticristo grandão não existiu
(não foi profetizada), e o poder atribuído a esta idéia (de fato vindo), foi
identificado plenamente como instituições ou a besta que subiu das águas; a
besta que subiu da terra e a prostituta montada na besta que subiu das águas,
as quais se alternam; não de forma objetiva como um indivíduo, como aconteceu
no passado e continua acontecendo de forma subsidiária. Porque de fato as
instituições, a besta que subiu das águas, besta que subiu da terra e a
prostituta, foram e são dirigidas por pessoas, indivíduos, sem que isso tenha a
real ligação com anticristo ou anticristos denominados como tal. Porque alguns
chifres, e cabeças também são instituições e indivíduos. E decididamente a
denominação anticristo ─ que não é
exatamente escatológica, e sim totalmente improcedente ─, porque senão ela seria retomada e
plenamente usada no Apocalipse por João, quando da reprodução das revelações
recebidas, que são plena e exatamente escatológicas. Não há decididamente esse
anticristo no Apocalipse de João e nas profecias que o compõem, até porque, se
assim não fosse, João o retomaria explicando; que embora tivesse ironizado a
idéia do anticristo, entretanto, a partir de então, entendia por revelação do
Senhor Jesus, que viria sim, o anticristozão,
que ele agora estaria confirmando no Apocalipse. Daí esta pretensa hegemonia
individual não tem nada a ver com a de fato Escatologia bíblica, e sim com o
que tenho explicado aqui. Que espero da parte daquele que está lendo este
livro; todo equilíbrio e estudo sério do mesmo para constatar o que tenho
explicado, ou seja, a presença ou existência desse pretenso indivíduo grandão
não é necessária para a real Escatologia, quando, diferentemente, é algo
estranho e fantasioso ─ um sério elemento complicador para o verdadeiro
entendimento escatológico.
77
Quem estuda com seriedade o texto sagrado percebe que as três menções de João, não são a de um
pretenso líder único anticristo, que
ele mesmo sem ter ainda a exata consciência cronológica e escatológica dos eventos e fatos que lhe seriam revelados
─ pois, isso ficou claro para ele posteriormente, quando da revelação do
Apocalipse. Entretanto, anteriormente, no momento em que falou de anticristos
(I João 2. 18-22 e II João 1. 7); observe primeiramente que a vertente
principal da identificação dos chamados anticristos são a de falsos irmãos que defendiam a crença filosófica do Gnosticismo (não crer na divindade de
Jesus) ou não crer que o Filho de Deus tenha vindo em carne (I João 2. 22, I
João 4. 3 e II João 1. 7), nos quais registros dessas suas epístolas é claro o
seu interesse em minimizar a idéia do indivíduo, único, a ser denominado de anticristo e trabalha de maneira
pormenorizada a idéia genérica de “anti”Cristos ─ até de maneira irônica, sem nenhuma
maximização global. Que infantil; infeliz e indevidamente aconteceu e continua
acontecendo. Ainda, levando em conta toda a controvérsia havida entre os
discípulos no início da era cristã quanto por influência da idéia de Pedro
quanto à volta iminente de Jesus, a partir de João 21. 21-24; como vou detalhar na resposta sobre o
que denominei de Escatologia de Pedro.
Nos primeiros relatos de Atos dos apóstolos se vê claramente nos discursos de
Pedro o sistemático dirigir-se unicamente aos judeus e a insistente
verbalização da volta de iminente de Jesus e o conseqüente ficar em Jerusalém
aguardando essa volta, que não tendo acontecido, Pedro escreveu posteriormente
o terceiro capítulo de sua segunda carta fazendo uma espécie de mea-culpa (justificando-se pelo que
havia dito) e inclusive reconhecendo que sobre a questão Escatologia ─ como
também outras questões ─, Paulo escrevera
coisas difíceis para ele entender,
conforme II Pedro 3. 15-16; sendo o que fora dito em II Tessalonicenses
capítulo 2, na qual Paulo fala sobre o iníquo ou homem do pecado, que gerou a
fantasia do chamado anticristo; que tudo leva a crer, ser a denominação
anticristo de autoria de João para corresponder ao iníquo ou homem do pecado identificado de forma errada pelos
demais discípulos, e ele poder dar a essa denominação toda a carga etimológica
genérica, não a do único iníquo ou o único “contra Cristo”, e sim plenamente os
vários anticristos, daquela época, épocas posteriores, de hoje e os que
continuarão aparecendo. Quanto a essa denominação (anticristo e anticristos)
ser de autoria de João para desmistificá-la, há uma avaliação hermenêutica que
caminha plenamente nessa direção; que foi o fato dessa denominação não ser sido
usado nas cartas anteriores de Paulo, Pedro, Tiago, Judas, e o não torná-lo
essencialmente escatológico no Apocalipse, embora, ele, João, diga na sua
carta: “ouviste que vem o anticristo”,
nos faz concluir tranqüilamente ─ que isso, foi mais um daqueles boatos que
circulou entre os crentes, quando concluíram a morte de João não se daria antes
de Jesus voltar (João 21. 23), que gerou o que chamo de comunismo cristão de
Atos 4. 32-35 ─, que estes aos quais ele chamou de anticristos, derivou ─ não que o termo anticristo tivesse sido
usado, porquanto não há esse registro antes de João fazê-lo no final do 1º
século em suas cartas ─; do iníquo ou
homem do pecado, para anticristo; que não seria o anti e sim os anticristos.
78
Isto como se viu e se vê na história se consolidou na
tentativa de identificá-lo aqui e ali na pessoa de específicos imperadores e
Papas, e presentemente num dito grande líder político, que está sempre por vir;
quando na realidade os poderes identificados em Daniel e Apocalipse estão
solidariamente vinculados a instituições como ficou objetivamente claro no
Apocalipse de João. Porque João foi e é a principal autoridade da informação
sobre Escatologia junto com Daniel, e foi ele quem; antes da visão e revelação
do Apocalipse, começou a ordenar nas epístolas (por ação do Espírito Santo)
assuntos e questões ─ como essa sobre o anticristo, que ele objetivou
previamente o que estava sendo veiculado de maneira errada ─, que continuaria
assim sendo tratada, essa idéia ou fantasia do anticristo.
79
Tentemos reconstruir aqui a inicial motivação
escatológica havida na Igreja nascente. Como vou mostrar no subtítulo
denominado Escatologia de Pedro
─ identificada facilmente nos seis
primeiros capítulos do livro de Atos ─,
no qual se verá que a perseguição movida por Saulo fez parar aquela deformação
ali praticada, reiterando; que motivou a Pedro fazer uma espécie de mea-culpa em todo capítulo três da sua segunda epístola escrita no ano 54, e
nos versículos 15 e 16, ele comentou o que Paulo ensinara sobre Escatologia nas
epístolas dele: as duas aos Tessalonicenses, nas quais Paulo fala de
Escatologia, sendo em II Tessalonicenses,
feita a resposta à primeira, na qual Paulo buscou esclarecer que a volta
do Senhor Jesus não seria iminente, também sobre falando sobre Escatologia em I
Coríntios capítulo quinze, ser, não como os outros discípulos pensavam e
divulgaram ─ quando o próprio Pedro admitiu ser difícil de
entender coisas que Paulo escreveu sobre isso (II Pedro 3. 16) ─, pois havia ainda coisas por acontecer,
como o surgimento de poderes iníquos. Que acabaram sendo usadas pela crendice
popular ─ de alguma forma alimentada pelos
discípulos ─, se criando a idéia de um
líder único, que depois do ano 90 foi desautorizada por João em suas epístolas
e ignorada no Apocalipse, inclusive, tendo ele criado a denominação ─ não
do anticristo, e sim anticristos.
Fragmento VI do
livro
OS FALSOS EVENTOS BÍBLICOS-ESCATÓLOGICOS
80
Ainda, dentro
do que se diz ou é erradamente identificado como escatológico. Já falando de
falsos indícios relacionados com Escatologia vale à pena e é importante que se
tome como referência Thomas Robert Malthus (1766 ─ 1834), o qual ou do qual se
fala muito. O problema quanto a esta dita polêmica população versus alimentos é o fato, de que
embora reconheçam que a tecnologia usada na produção de alimentos via petróleo
é prejudicial. Execram a Malthos por entender que ele falhou em suas previsões.
81
Confesso ter
dificuldades em entender a visão bitolada da maioria dos ditos doutores e
pensadores, que em questões outras e como esta, nas quais, se pode evoluir,
esses ou aqueles acabam esquecendo ou não vendo coisas relevantes em algo que
se descartou. Estou me referido exatamente aos dois vetores da Teoria de
Malthos, cujo principal é o crescimento desordenado da população identificado
no enunciado: “A população cresce em progressão geométrica e a produção
de alimentos em progressão aritmética”. Preocupação esta que é muitíssimo mais
antiga do que possamos imaginar, porquanto este assunto já fora tratado de
maneira séria pelo grande filósofo Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), na obra A Política ─ Seríamos
levados a crer que o crescimento da população devesse ser contido em certos
limites, mais ainda que a propriedade particular, de modo que os nascimentos
não excedessem a um número que seria fixado, considerando, se o número eventual
dos filhos que morrem e das uniões estéreis. Basear-se no acaso, como se faz em
quase todos os Estados, é a causa inevitável de pobreza de cidadãos; ora, a
pobreza gera as discórdias e crimes. Também Fidon de Corinto, um dos mais
antigos legisladores, estava convencido que o número de famílias e o de
cidadãos deveria permanecer fixo e invariável, ainda mesmo que todos houvessem
começado com quinhões desiguais... Um relato como este ─ quando naquela
época a população do mundo grego (Império) era infinitamente menor que a nossa
e respectivamente a de cada país, em contraposição a chegar à soma dos atuais
sete bilhões de seres humanos no mundo. Que nos faz tremendamente
irresponsáveis quando não nos preocupamos com o crescimento populacional e as
suas conseqüências ruins e inevitáveis.
82
A idéia dos dois vetores: geométrico e
aritmético remete para a incompatibilidade de ambos, coisa essa que já passados
mais de duzentos anos não aconteceu, daí, para muitos, esta Teoria ter virado
algo folclórico; todavia, o primeiro vetor: A população e seu crescimento é
algo tremendamente preocupante e talvez hoje, a principal causa de todos os
nossos males. Nós seres humanos, os nocivos grandes predadores somos a causa de
todo o desequilíbrio ecológico do nosso habitat chamado planeta Terra, quando
estamos presentes aqui e ali, de passagem ou residindo.
83
Para falar de
população, não quero lembrar a China nem a
Índia, e sim me ater ao nosso país e trabalhar rapidamente esse problema
gravíssimo que é o crescimento populacional. Não esquecendo que tudo o que
estou dizendo aqui está direto e exatamente ligado à Escatologia ou o que se
entende como escatológico: que são as
secas, epidemias e catástrofes em
diversas partes do mundo decorrentes de fatores meteorológicos, que os ditos
estudiosos bíblicos têm elencado como profecias escatológicas e o agir de Deus
contra essa ou aquela população pecadora. Quando na realidade, os fenômenos que
têm gerado catástrofes e ceifado a vida de inúmeras pessoas são somente
fenômenos naturais; os quais atingem aqueles (hoje ricos e pobres) que estavam
ou estão residindo no lugar inadequado
─ que ali não poderiam estar de
forma alguma ─, por uma série de motivos e contingências,
cuja causa principal ou geradora é o crescimento desordenado da nossa
população. O que estou dizendo é o nosso
país já ter chegado ao nível de saturação com o atual número de 190.732.694
habitantes, conforme os dados do censo 2010 do IBGE. Número este que já tem os
seus intrínsecos componentes de não haver de fato como atender plenamente a
Educação (o Fundamental, o Médio, o Técnico, e o Superior), o Emprego, a Saúde,
o Lazer, o Transporte, a Alimentação, o Saneamento, o Abastecimento de água, de
Luz elétrica, Telefonia e as várias Mídias ─
não ache estranho incluí-las, pois são justamente os eletrônicos usados
nelas que geram o lixo perigoso, só não sendo pior que o lixo das usinas
nucleares ─, o tratamento do esgoto, o destino do lixo, e por fim o necessário
imprescindível espaço físico onde se possa morar com dignidade e segurança, e
não na condição subumana como vive a maioria dos brasileiros...
84
Quanto a isto ─
o não morar em compatível espaço físico com dignidade e segurança ─, é o que está presente no erro de avaliação
bíblico-escatológica, quando da fatalidade das catástrofes; cuja causa
principal é exatamente o crescimento demográfico (não vou usar a Teoria de
Malthos aqui, pelo fato dela ter sido o Mote das minhas considerações), que
pela demanda por moradia, de ricos e de pobres; tem levado a que aconteça cada
vez mais a construção de espigões (prédio de apartamentos) em lugares, às
vezes, ainda que não passíveis de catástrofes; mas, criando problemas de
abastecimento de água e esgoto e também de trânsito; e o pior, em muitos casos,
além desses problemas citados, a lamentável construção desses prédios e também casas
serem em áreas reconhecidamente de risco, se feita uma séria avaliação prévia
do local em questão.
85
A demanda
reprimida por moradia é reconhecida por todos os órgãos de Governo e a
constatação séria quanto a isto de não existir espaço físico nas cidades e nas
suas periferias para alocar este grande contingente humano que cresce em
progressão geométrica (como disse Malthos); cuja opção pelas cidades e sua
periferia e a de sobrevivência, porquanto é aí que estão os serviços (ainda que
deficiente) e o tão desejado emprego, e no caso dos ricos o status e ter tudo perto das mãos. Essa
demanda e até imposição desses (os ricos) é a que tem possibilitado a
construção de prédios e condomínios em lugares indevidos e a sistemática
mudança em muitas cidades tornada legal para o aumento do gabarito dos
prédios... No caso dos pobres constroem-se frágeis ditas moradias em áreas de
futura catástrofe ─ sendo isto, lamentavelmente uma questão de causas normais (decorrentes da topografia
local), conforme Jesus avisou aleatoriamente que aconteceria, como infelizmente
temos visto.
86
Sabemos e temos
consciência que pouco existe hoje em nosso país da mata atlântica ─ que nos
informe os estudiosos do assunto ─, em função desta crescente demanda por
moradia e espaço para também fixar as indústrias, comércios e serviços; sendo a
pior constatação quanto a isto, hoje também já
não se tem espaço físico confiável (salvo algumas exceções, em algum
lugar) para a construção de moradias dignas e seguras para compatibilizar os
atuais 190.732.694 habitantes do nosso Brasil. Isto, um fato a ser administrado
e equacionado a cada dia, a cada momento em que a população continua
crescendo... Seria bom se fosse somente isto. A questão é faltar moradias, e
via crescimento demográfico esta demanda reprimida ir crescendo cada vez mais e
mais... O aumento crescente da população é um sério problema a ser resolvido,
ainda que em longo prazo ─ e não nos iludamos com as cinco diminuições da taxa
de crescimento populacional registradas nos últimos censos do nosso país, as
quais precisam ser ainda menores e basicamente zero no decorrer do tempo.
87
Segundo dados também do IBGE, no censo de 1940 a nossa
população era de 41.236.315 habitantes. Na década de 1950, com um crescimento
de 26% na população o censo apontou o número de 51.944.397 habitantes. Na
década seguinte tivemos um pique no crescimento populacional, dos anteriores
26% para 36,10% no censo de 1960, no qual somamos 70.191.370 habitantes. A
partir da década subseqüente começamos a ter reduções continuadas na taxa de
crescimento populacional; que no censo de 1970
─ o ano da conquista da copa
(tricampeonato), aquele o ano que ficou conhecido como o dos NOVENTA MILHÕES EM
AÇÃO, cujo censo acusou 93.139.037 habitantes para um crescimento de 32,69%,
menor que o da década anterior. No censo seguinte, o de 1980 manteve-se a
tendência da redução da taxa de crescimento, que foi de 27,70% para uma
população de 119.002.706 habitantes. Novamente na década seguinte, a de 1990,
se repetiu a diminuição da taxa de crescimento, dos anteriores 27,70% para 23%
para uma população de 146.352.150 habitantes. Na década de 2000 repetiu-se a
tendência de redução, quando o censo acusou o número de 169.544.443 habitantes,
para um crescimento de 16%. Por fim, o censo de 2010 manteve a tendência de
redução da taxa, que foi de 12,50% para uma população de 190.732.694
habitantes.
88
Caminhando na direção do que quero demonstrar de
maneira séria e grave sobre Escatologia e as catástrofes... Há uma canção gravada pelo cantor Miltinho e
de autoria de Luiz Antônio que me toca bastante pela sua síntese poética e
beleza melódica: EU E O RIO, a qual serve para mostrar de maneira didática essa
coisa natural que é da trajetória dos rios:
Rio, caminho que anda,
e vai resmungando, talvez, uma dor.
Ah! Quantas pedras levastes,
quanta pedra deixaste, sem vida e amor.
Tu vens, lá do alto da serra,
o ventre da terra, rasgando sem dó.
E eu, venho do amor,
com o peito rasgado de dor e tão só...
Não viste a flor se curvar,
teu corpo beijar e ficar lá prá traz.
Tens a mania doente, de andar só prá frente,
não voltas jamais
Rio, caminho que anda,
o mar te espera, não corras assim
eu sou o mar, que espera,
alguém, que não corre prá mim.
e vai resmungando, talvez, uma dor.
Ah! Quantas pedras levastes,
quanta pedra deixaste, sem vida e amor.
Tu vens, lá do alto da serra,
o ventre da terra, rasgando sem dó.
E eu, venho do amor,
com o peito rasgado de dor e tão só...
Não viste a flor se curvar,
teu corpo beijar e ficar lá prá traz.
Tens a mania doente, de andar só prá frente,
não voltas jamais
Rio, caminho que anda,
o mar te espera, não corras assim
eu sou o mar, que espera,
alguém, que não corre prá mim.
89
Pegando também uma carona em Carlos Drummond de
Andrade, no seu poema Tinha uma Pedra no
Caminho, pedra essa que pode representar as diversas dificuldades que podem
existir ou ser fruto ilusório da nossa timidez no caminhar da vida; mas de uma
forma ou da outra será uma pedra (entrave, empecilho, seja lá o que for). Aqui
na aplicação ou uso dela como exemplo quero considerá-la exatamente na sua
constituição geológica de pedra (grego, πέτρα), conforme Drummond diz:
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
(...)
90
Considerando a trajetória de cada rio ─ como foi visto na linda canção acima ─, e o que diz Drummond no seu poema,
inclusive, usando o mesmo tempo verbal usado por ele: Eu, o rio e as águas
pluviais não temos a mínima culpa pelas catástrofes acontecidas, porquanto: Tinha
uma pedra no meio do nosso caminho, não só uma
pedra, como também tinha e tem prédios (de luxo e populares), casas e barracos,
viadutos, estradas, pontes e muito lixo no nosso caminho. Esses entraves no
nosso caminho, por irresponsabilidade dos governantes, são os culpados das
catástrofes, não eu, o rio e as águas pluviais! Porquanto, a lei natural me
incumbiu ─ além de dar água potável (que vocês mesmos criminosamente
contaminam) o seguir tranqüilo em direção ao mar levando comigo as águas
pluviais. Por que, não somente tinha
uma pedra no meio do caminho, mas sim, tudo aquilo que impede o meu
curso normal, e quando assim se faz; as desgraças inevitavelmente
acontecem ceifando vidas e trazendo
grandes prejuízos a todos os que estão indevidamente no meu caminho e das águas
pluviais que me acompanham.
91
A pequena argumentação que tenho feito até agora,
inclusive usando dados censitários, e também para descontrair a alusão a
Miltinho e Drummond teve a função didática de informar a importância dos rios e
o respeito que lhe devemos. Todavia, quero me deter de maneira decisiva na
questão crescimento populacional desordenado e suas conseqüências nocivas ao meio
ambiente, geradoras de catástrofes e desgraças que ceifam vidas e promovem
deformações físicas, incapacidade temporária e definitiva (causadas por
desrespeito aos rios), a esse contingente exacerbado de seres humanos quando
demandam por lugares seguros para morar e não encontram e com isto construindo
suas moradias onde não deviam; entretanto, não sendo isto coisas decorrentes do
que estaria profetizado como escatológico no texto bíblico, como querem os
ditos estudiosos deste assunto.
92
Não sei se me fiz entender quando listei as
dificuldades que se tem colocado no caminho das águas pluviais e dos rios,
dizendo objetivamente ser a necessidade por moradias, à medida que a população
vai crescendo, vai também cada vez mais se tornando impossível compatibilizar
esse crescimento demográfico ─ mais e mais pessoas sem ter onde morar
dignamente e com segurança ─, com um
espaço físico que é será sempre o mesmo... Essa questão é muito séria,
porquanto, a busca por espaço para moradia nas cidades e periferias é também
por parte dos ricos, que pelo seu poder de influência conseguem que se façam
obras de luxo em lugares que de maneira nenhuma poderiam ser feitas. Basta
olhar as cidades mais importantes do país na sua atual topografia em uma vista
aérea (São Paulo, por exemplo) e se
constatará não haver entre aqueles espigões, viadutos, choppings,
estacionamentos, praças, passarelas e muitas estradas; espaço para o rio e suas
águas, como diz Miltinho: Rio, caminho que anda, o mar te espera,
não corras assim, e o
lamentável fato é que cada vez mais, ricos e pobres estarão nascendo,
crescendo, e por não terem espaço seguro onde morar, estarão fazendo suas
moradias no caminho dos rios e nas
encostas por onde descem as águas pluviais, também de forma criminosa em áreas
de preservação ambiental, sobre as quais fala-se e fala-se, mas sempre se tem
dado um jeitinho para ali se construir amplas mansões.
93
Em função das cinco anteriores reduções nas taxas
de crescimento populacional ─ (1950-1960 = 36,10%) → 1960-1970 = 32.69%;
1970-1980 = 27,70%; 1980-1990 = 23%; 1990-2000 = 16% e 2000-2010 = 12,50,
projetou-se ou projeta-se para 2050 (quatro décadas por vir) a taxa de
crescimento populacional próxima de zero, mas, lamentavelmente projeta também o
crescimento da população para 233.000.000 (ONU) ou 215.287.463 (IBGE). Se
fizermos uma pequena reminiscência com os números acima; lembraremos que em
1970 (quatro décadas atrás) o censo acusou 93.139.037 habitantes para o Brasil;
e haja ação para esse número de pessoas (alusão ao lema da copa de
1970), por que mesmo tendo acontecido cinco sistemáticas reduções nas taxas de
crescimento; em 2010 atingimos mais que o dobro da população com o número de
190.732.694 habitantes. Olhando as projeções acima e considerando as
sistemáticas reduções de taxas de crescimento, isto deve preocupar a todos nós,
porquanto o ótimo para o bem estar de nós humanos é e será do crescimento
populacional próximo de zero ou sendo mais objetivo não deve ou deverá de forma
alguma esse crescimento ser maior que 1% por década... Para que não haja
entendimento errado do que seja crescimento ou redução populacional: ele é a
diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade. Não significando
decididamente que ninguém possa ter filhos e sim que a constituição das
famílias seja inteligentemente planejada com racionalidade para o próprio bem
de si como família e da sociedade.
94
Sejamos inteligentes e entendamos essas objetivas
ponderações colocando-as em prática. E quanto ao entendimento de serem as
fatalidades e catástrofes oriundas de profecias bíblico-escatológicas abandone
essa idéia, porquanto, isto não é verdade; e como você vai ver no seguimento do
estudo: as profecias que precedem a volta de Jesus já se cumpriram antes da Reforma chamada Protestante. Se as principais profecias escatológicas já se
cumpriram antes da Reforma; não será inteligente e sim infantil trazer
profecias escatológicas para o nosso atual contemporâneo; porquanto, a volta do
Senhor Jesus para arrebatar sua Igreja é iminente do ponto de vista das profecias
que já se cumpriram ─ estamos no momento de vazio de tempo que a
precede, chamado na Bíblia: “vir como um ladrão”, sem aviso profético,
sem data preestabelecida, conforme explicarei no seguimento, na parte das
trinta perguntas e respostas.
95
Vale a pena também usar um texto muito
interessante do evangelho de Mateus, no qual, o Senhor Jesus para validar a
importância dos seus ensinamentos usa o paradigma casa edificada sobre a rocha...
Não sei se me fiz entender quando digo que Jesus usou esta comparação como
paradigma (referencial de algo concreto e perfeitamente correto), que remete
para aplicarmos literalmente isto ao caso em questão ─ a necessária
responsabilidade dos poderes constituídos com relação às edificações em lugar
seguro, conforme Mateus 7. 24-6 ─ Todo
aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será
comparado a um homem prudente, que identificou a sua casa sobre a rocha. E
desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto
contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas
todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será
comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. Também,
faz todo o sentido considerar o que Jesus diz sobre os seus ensinamentos e
pô-los em prática de maneira correta, que foi o prioritário ensinamento de
Jesus nesta comparação... Agora falo especificamente do como tratar de maneira correta
as profecias escatológicas.
96
Não sei se você está observando ─ além do ponderado no
final do parágrafo anterior ─, o quanto é sério e improcedente o uso isolado de
informações dos evangelhos e das epístolas sem ter como base os livros de
Daniel e o de Apocalipse; no qual está contido todo o roteiro, e as profecias
de forma específica. E a partir de seus registros poder-se-á ordenar a
cronologia dos fatos e eventos profetizados e enriquecê-los com o subsídio dos
evangelhos e das epístolas; a partir daí de maneira segura com a ordenação
cronológica e as profecias plenamente identificadas no roteiro estabelecido em
Daniel e completado no Apocalipse.
97
Para que você tenha melhor visão da improcedência do
uso preliminar dos evangelhos e das epístolas no estudo de Escatologia e o de
igual modo nada procedente, o anticristo leia também esta transcrição de um
pequeno comentário meu das duas epístolas de Paulo aos Tessalonicenses, que
segue: As duas epístolas de Paulo aos
Tessalonicenses seguem as mesmas ponderações e o mesmo grau de interação dele
com os irmãos dessa igreja, como com os de Colossos; e numa identificação
teológica ainda mais aprofundada, porquanto com eles (como aos de Corinto),
Paulo falou de maneira objetiva sobre Escatologia, que vou comentar um pouco.
98
Sobre Escatologia nessas duas epístolas de Paulo,
teve-se um problema muito sério; quando o entendimento errado dos demais
discípulos (principalmente Pedro); gerou o aparecimento da idéia desse
fantasioso personagem, posteriormente chamado de anticristo por João de forma irônica diluindo-a da sua individualidade para
uma visão genérica mais ampla e de gravidade menor; pois, segundo ele o antagonismo
quanto aos ensinamentos do Senhor Jesus já estava acontecendo por parte de
vários falsos irmãos ditos anticristos e muitos outros ainda viriam.
99
De maneira clara os textos das epístolas de João
trabalham a idéia de anticristos e não a do anticristo (singular), que segundo
ele, já havia muitos naquela época, sendo essa conclusão perfeitamente lógica e
verdadeira... E quando digo que João foi irônico ─
observe e leia com carinho as três referencias nessas epístolas ─, quando no versículo sete da segunda carta
e em I João 4. 3 ele diz primeiramente de forma enfática que o anticristo já estava ali entre eles, ou
melhor, os anticristos. Também essa forma de referir-se a esse pretenso
líder foi dele, pois essa idéia e entendimento vieram da interpretação errada
do iníquo ou homem do pecado da segunda carta de Paulo aos
Tessalonicenses capítulo dois... Observe que João perguntou e imediatamente
afirmou quem seria essa pretensa
liderança; e a anulou no seu
entendimento como um líder único; quando disse objetivamente que naquela época
já havia muitos iníquos ou anticristos, como ele denominou para objetivar a
contraposição desses em relação a Cristo (os anti ou contras), que nessa
denominação se tornou mais clara a inexistência da vinda desse líder único; e
ao mesmo tempo mostrar de maneira evidente, para nós hoje, que lá no seu tempo
já havia muitos anticristos(crentes que apostataram da fé e pregavam heresias), e que muitos outros ainda viriam antes
da volta do Senhor Jesus, como vemos hoje aqui e ali. Senão vejamos! Logo em
seguida tivemos o evento da feitura do Apocalipse, no qual, a idéia desse
pretenso anticristo grandão não existiu, e o poder que viria
foi identificado plenamente como instituições e a besta que subiu das águas;
posteriormente, a besta que subiu da terra e a prostituta montada na besta que
subiu das águas, as quais se alternam e não como um indivíduo; como aconteceu
no passado e continua acontecendo de forma subsidiária, porque de fato, as
instituições a besta que subiu das águas, a besta que subiu da terra e a
prostituta, foram e são dirigidas por pessoas, indivíduos, sem que isso tenha a
real ligação com anticristo ou anticristos denominados como tal. Porque alguns
chifres e cabeças também são instituições e indivíduos. E decididamente a
denominação anticristo ─ que não é exatamente escatológica, e sim totalmente
improcedente ─, porque senão ela seria
retomada e plenamente usada no Apocalipse por João, quando da reprodução das
revelações recebidas, que são essencialmente escatológicas. Não há decididamente esse anticristo no Apocalipse
de João e nas profecias que o compõem, até porque, se assim não fosse, João o
retomaria explicando; que embora tivesse ironizado a idéia e entendimento do
anticristo, entretanto, viria sim, o anticristozão,
que ele agora estaria confirmando no Apocalipse. Daí essa pretensa hegemonia
individual não tem nada a ver com a de fato Escatologia bíblica, e sim com o
que tenho explicado aqui. Que espero da parte daquele que está lendo este
livro, todo equilíbrio e estudo sério do mesmo para constatar o que tenho
explicado com detalhes...
100
De fato, essa idéia de um indivíduo pernicioso que
virá, teve a sua origem no período apostólico, e precisamente a partir do ano
52 na carta II Tessalonicenses 2. 1-12, quando Paulo buscou revisar ou explicar
melhor o que havia dito em I Tessalonicenses 4. 13-18 (escrita no ano
anterior), que usaram para legitimar a volta iminente de Jesus. Que tendo
explicado não ser isso procedente; tomaram a sua explicação e geraram nela a
idéia e entendimento desse indivíduo malvado, que João ironizou denominando-o
de anticristo... Ainda, é importante que
lembremos nesse pequeno comentário sobre o anticristo, o que Pedro registrou no
final do terceiro capítulo da sua segunda carta (I Pedro 3. 15-16) aos judeus
dispersos, quando falou do que Paulo havia escrito sobre Escatologia e nesse
seu comentário sobre esse assunto ele admitiu ter dificuldades no entender o
que Paulo escrevera sobre coisas concernentes à volta de Jesus; que junto a
outros, ajudaram na criação da idéia desse pretenso indivíduo malvado que
estaria por vir.
Fragmento VII do livro
ONDE ESTÃO ATUALMENTE OS SALVOS E OS
PERDIDOS?
101
Ainda, de
maneira pouco racional vemos aqui e ali ditos escatologistas contemplando em
suas conclusões a visão literal da parábola
do Rico e Lázaro relatada em Lucas 16. 19-31 esquecendo primariamente do
entendê-la e buscar entender o porquê Jesus a propôs... Possivelmente a
construção desta parábola, que tem um forte componente opositivo (contra) à
reencarnação sistematizada por Sócrates (470 399 a.C) na obra Fedon de Platão (427 347 a.C), que era
como tudo o que Platão escreveu , muito popular naquela época; isto, de
alguma forma, é plenamente identificado em todas as premissas do ensinamento
dessa parábola que embora teólogos escatologistas de maneira desavisada a
trabalhem como se fora literal ela é exatamente uma parábola ; ou algo plenamente hipotético
(“historiazinha”, alegoria), na qual se buscou exemplificar um determinado
ensinamento, que desde os primórdios proféticos se considerava abominável para
Deus a tentativa da comunicação com os mortos. Considere também, que do ponto
de vista teológico a leitura literal (absurda) desta parábola invalida a Idéia
do Arrebatamento da Igreja e do Juízo Final; no que, na parábola todos os
salvos (representado em Lázaro) já estariam com Cristo ou seio de Abraão (a
alegoria judaica do lugar da vida futura); e os perdidos (representados no
rico) no inferno ou no grego hades (crença
da cultura mitológica da Teologia grega, que inclusive tinha um deus com este
nome); que mistura a parábola , componente da cultura judaica e da Teologia
e mitologia grega... Uma forte conclusão herética para o tema Escatologia a de
literalidade desta parábola e por conseqüência uma descabida infantilidade
teológica de já estarem os salvos reinado com Cristo e os perdidos no inferno.
No que, decididamente Jesus não a proferiu usando o inferno grego hades,
porquanto, se assim o tivesse feito, teria sido apedrejado por estar usando
elementos da Mitologia grega (sem que fizesse alguma ressalva objetiva); do
que, se conclui que o registro dessa parábola por Lucas tem componentes de
contaminação com a língua grega e sincretismo como em outros casos que vou
abordar no seguimento.
102
De igual modo, a tradução do texto do evangelho do
mesmo Lucas 23. 43 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade
te digo, hoje estarás comigo no paraíso. Muito complicada esta tradução,
porquanto implicaria em Jesus ter mentido àquele homem, pois naquele dia Jesus
morrera e foi sepultado, e tendo ressuscitado no terceiro dia, disse a Maria
Madalena, conforme João 20. 16-17
Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni
que quer dizer, Mestre. Disse-lhe Jesus:
Deixa de me tocar, porque ainda não subi para o meu Pai; mas vai a meus
irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso
Deus. Nesta trajetória que distancia a ida de Jesus aos céus, e no evangelho
de Lucas transcrito acima, no que
teria dito ao malfeitor arrependido que estava crucificado à sua direita, três
dias passados lá ele estaria consigo ,
nesses mesmos três dias depois foi dito às mulheres por um anjo, conforme
Marcos 16. 6-7 Ele, porém, vos disse:
Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele
ressurgiu, não está aqui; eis o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus
discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o
vereis, como ele disse. De fato Jesus não subiu ao Pai imediatamente, para
onde teria dito (nesta interpretação errônea) ao malfeitor que no dia da
crucificação lá ele estaria com Jesus, porque, diferentemente, Jesus ficou com
os discípulos durante quarenta (40) dias, até sua ascensão, relatada em Atos 1.
6-8 e decorrido mais dez (10) dias, se completou os cinqüenta dias da Festa das Primícias (chamada no Novo
Testamento de Pentecostes), que de fato também é pentecoste (Лεντκοστñς, grego
qüinquagésimo), por ser a sua duração cinqüenta dias e foi chamada assim por
uma questão didática a força do grego à época. Concluindo: Jesus não prometera
àquele homem que ele estaria consigo naquele mesmo dia (hoje, naquela época);
pelo simples e elementar fato bíblico teológico de não haver vida do espírito
ou alma fantasma (vide Fedon de
Platão, que influenciara grandemente a
cultura naquela época) ou indivíduo transparente que sai da pessoa que morre;
que por questões de decoro e atentado ao pudor não sai nu e sim com a mesma
roupa também fantasma do morto. Até porque, espírito no A. T. é ruach
(hebraico, vento) e pneuma (grego, vento) sendo amorfo, não tem forma definida,
e nós seres humanos só voltaremos a ser indivíduo (com corpo) no Arrebatamento
da Igreja (os realmente fiéis) e os demais no Juízo Final ─
os dois grupos recebendo de volta a sua alma e a fração do Espírito de Deus que
a Ele retornara na morte de cada um, que é a identidade de cada ser humano.
Quanto ao problema da tradução deste texto ou a sua efetiva construção no
grego; há pelo menos duas condicionantes sérias a serem consideradas, que são:
a influência espírita ─ terminologia moderna de Kardec, entretanto, a
reencarnação em Sócrates era da alma e não do espírito, coisa muito forte
naquela época , e as dificuldades que
havia com relação à pontuação no grego. Porque decididamente, Jesus não disse
àquele homem que estaria no paraíso com ele, pelo primeiro fato de para lá não
ter ido imediatamente, e segundo: que ninguém pós Jesus foi para o reino dos
céus; do que se conclui que Jesus dissera: Estarás
comigo no paraíso, não hoje, mas quando todos os salvos lá estiverem quando do
Arrebatamento e o posterior juízo final.
103
As ponderações feitas por mim aqui, não devem ser
confundidas com a idéia de “dois pesos duas medidas” ou tornar relativo o
entendimento sobre questões doutrinárias. Diferentemente entenda-se que há
necessidade do uso de uma hermenêutica séria e abrangente (mais ainda) quando
se constata nos textos estudados fortíssimos componentes culturais que envolvam
uma doutrina bíblica para a sua perfeita conclusão.
104
Embora este livro não tenha como objetivo discutir
Teologia Sistemática e eu já tenha feito ponderações nesta direção
no Preâmbulo, subtítulo Simetria de Sistematização , aqui,
nesta questão é imprescindível fazer esse tipo de abordagem.
105
O que estou afirmando (reiterando) é existir de fato a
forte fusão de conceitos socráticos (em obras de Platão) em muitos dos
entendimentos sobre doutrinas bíblicas (quando verbalizadas de forma
histórica), o que, ensejou por parte de Paulo sérias abordagens na direção
dessas deformações, principalmente nas cartas escritas aos de Corinto.
106
Se o evangelho segundo escreveu Mateus tem as
características do entendimento dele sobre o que o Senhor Jesus ensinou. O de
Marcos tenha o entendimento de Pedro (que o informou, pois era de tenra idade
na época dos acontecimentos) mesclado ao do jovem João Marcos que o escreveu;
diferentemente o evangelho segundo o que escreveu o Dr. Lucas (companheiro de
Paulo) tem a síntese dos pensamentos dos diversos entrevistados por ele para
escrevê-lo, conforme o seu prefácio em Lucas 1. 1-4 Visto que muitos têm empreendido fazer uma
narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, segundo o que no-los
transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da
palavra, também a mim, depois de haver investigado tudo cuidadosamente desde
o começo. Pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma
narração em ordem, para que conheças plenamente a verdade das coisas em que
fostes instruído.
107
No que, pela constituição abrangente do seu evangelho
há a necessidade de analisar com cuidado todas as inserções históricas dos seus
escritos; sobre os fatos e as parábolas nele contidas, na sua construção; quer
por intenção do próprio Jesus que teria inserido nelas componentes
culturais da época para torná-la mais didática
; como no caso da parábola do Rico e Lázaro ou na realidade esta parábola
carrega o pleno sincretismo da Mitologia grega quanto ao lugar chamado Hades (oriundo do sincretismo daqueles
que a informaram a Lucas); lugar este, que inclusive, tinha um deus com o mesmo
nome. Quando na parábola aparece o “Seio de Abraão”, da cultura judaica, junto
com Hades (morada dos mortos na
Mitologia, Teologia e cultura grega), que é diferente de Sheol, lugar dos
mortos onde tudo cessa, conforme Eclesiastes 9. 10 Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças; porque no Sheol, para onde tu vais, não há
obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. E também
conforme Isaías 22. 13 mas
eis aqui gozo e alegria; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne,
bebe-se vinho, e se diz: Comamos e babamos, porque amanhã morreremos. E de igual modo como diz a parábola do Rico e Lázaro em Lucas 16. 19-31 (...) versículo 23
─ No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão,
e a Lázaro no seu seio. Versículo 26
─ e além disso, entre nós e vós está
posto um grande abismo, de sorte que os que quiserem passar daqui para vós não
poderiam, nem os de lá passar para nós (...).
108
Na realidade o local para onde são levados os mortos
na Mitologia e Teologia grega é o Tártaro (lugar pior que o hades), que segundo
Hesíduo (o inventor dos deuses gregos) correspondia às regiões mais profundas
da terra numa narrativa bem ampla atribuindo a este local a morada ou estada de
outros deuses e deusas, como: Giges, Cotos, Nix, Hêmera, Hipno e Tanatos
(morte); local este, segundo Hesíduo: de trevas nevoentas e mofo úmido e odiado
até pelos deuses; em frente, ou antes, estão as mansões do deus Hades, cuja
entrada é vigiada por um cão feroz chamado Cérbero com múltiplas cabeças e
serpentes em volta do pescoço, entretanto, este local chamado hades e que tem
como deus o poderoso Hades era região de ricas mansões, tanto que, a cultura do
período predominantemente helênico
─ não só na Grécia, porquanto a
cultura helênica foi difundida em todos os domínios do Império Greco-macêdonio,
e essa influência continuou, mesmo depois da sua queda ─, associava-se Hades ao
Diabo e a Mamon (o deus da riqueza). Embora Hesíduo atribua ao Tártaro e ao
Hades a condição de deuses é Hades que efetivamente, em seus relatos, nos
demais poetas, e filósofos gregos quem aparece sistematicamente nesta ação e
condição, tornando-a, de alguma forma, a melhor denominação para “inferno”
(nesse sincretismo) que a de Tártaro, porquanto, como vimos, inclusive, nos
textos bíblicos, Hades como deus e ao mesmo tempo identificando este lugar, que
é traduzido para inferno... Coisa do processo da evolução cultural, que até
contaminou e gerou este sincretismo em relatos do Novo Testamento, no qual
aparece Hades, a transliteração grega do aramaico para Vale de Hinom (grego
γέεννα, geena) e em II Pedro 2. 4 ele usou o que está traduzido para inferno o
tártaro da mitologia grega... Ainda, é (possível especular, que embora sendo
Tártaro um deus primordial engendrado (2) e não gerado), segundo Hesíduo ─ a
sua origem ser mais importante que a de Hades, que é filho (gerado) de Crono e
Geia ─, o fato de ser irmão de Zeus (que
se sobrepôs a Crono, seu pai, se tornando o deus maior do Panteão), talvez lhe
tenha dado essa proeminência de uso no decorrer da evolução teólogo-cultural,
acima de Tártaro... Também, no caso específico dos cristãos, o que pode ter
ajudado essa aculturação ruim para o Evangelho, poderia ter sido a influência
da tradução na setuaginta (a LXX) de sheol para hades... É bom também que se
diga; que o fato dessa contaminação teólogo-mitológica-cultural da epístola de
Pedro, não afeta, decididamente, a veracidade da informação sobre a anterior
criação do inferno, até por que o texto em apreço, além de ter outra exata
citação contemporânea (a de Judas, que não está contaminada); não são as duas
citações as que legitimam ─ ou se ajudam isto é desdobramento de contexto ─, a
origem do inferno e sim a menção de sua anterior criação, conforme Enoque e as
conseqüências decorrentes... Ainda, é perfeitamente compreensível, não
desejável que assim tivesse acontecido, mas, fato é que a as epístolas de Pedro
não foram escritas por ele e sim por Silvano (ou Silas), reconhecidamente
alguém com forte cultura helenista e quanto à sua visão cultural, confrontar I
Pedro 5. 12, também: Atos 15. 22, Atos 17. 4 e 14-15, Atos 18. 5, II Coríntios
1. 19, I Tessalonicenses 1.1.
109
Após
transcrever esses sete fragmentos, aos quais, em sua soma total correspondem a
pouco menos de 9% de todo livro e somente da parte de introdução da obra; que
peço desculpas pelo não seguimento de cada fragmento e também por não estar
presente nenhum fragmento das trinta respostas. Dito isto, prossigamos com o
objetivo Tema (do Blog) desse Estudo, e não esqueça que existe ou poderá
existir a possibilidade do livro mencionado acima ser editado, bastando tão-somente
que alguma Editora se interesse pelo mesmo. Daí estar oferecendo-o para o
possível aceite de quem se interesse por um Estudo sério e bem fundamentado...
Ainda ─ hoje 27 – 02 – 2015 ─, em atendimento a solicitação do grande amigo
pastor Cleber da IBNE, mais um pequeno fragmento do livro sobre Escatologia que
pretendo editar.
Fragmento VIII livro
AS SETE
CARTAS ÀS IGREJAS DO APOCALIPSE
110
Escatologia (o qual inclui as cartas a essas igrejas),
mas, se tenho que falar sobre as sete cartas às igrejas que aparecem no
Apocalipse; creio que deva aproveitar para falar ligeiramente sobre forma de
governo das igrejas; até porque, essas cartas aqui aparecem justamente para
mostrar normalização doutrinária (regra) de como identificar uma determinada
igreja ser ou não de Cristo. Igreja (grego, Eclésia) que significa assembléia
foi definida de forma alegórica por Paulo em I Coríntios 12. 12-26 como um
corpo humano, com seus membros e suas diversas funções, quando, nessa figura,
Paulo buscou enfatizar, como também em Efésios 5. 23-24; reiterou, ser o Senhor
Jesus a cabeça da Igreja e das igrejas. E ele caminhou nessa figura do corpo,
de maneira mais específica referindo-se à igreja local como sendo à base dessa
figura. Que nos remete a entender que o mais importante é identificar o núcleo
local, que também é um corpo completo e pleno em todos os sentidos, sentimentos
e funções; no que, a igreja local é efetivamente uma igreja, que forma com
todas as outras a universal Igreja de Cristo.
111
Por fim, o
Senhor usou ao apóstolo João no Apocalipse para normalizar definitivamente esse
assunto para nós hoje. Como está evidente nas sete cartas às igrejas da Ásia,
que mostram não serem as igrejas iguais, entretanto, todas deveriam buscar ser
semelhantes à igreja de Filadélfia.
112
A dicotomia que estou procurando informar aqui; da
Igreja universal versus igreja local é algo muito claro no texto
sagrado e sistematicamente abordado pelos apóstolos, tendo o escritor anônimo
(que entendo ser Paulo) se referido a essa principal Igreja em Hebreus 12. 23 ─
à universal assembléia e igreja dos
primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos
justos aperfeiçoados.
113
Estou
insistindo na questão universalidade da Igreja não visível, pelo fato de haver
distorções próprias da tendência humana de centralizar, e também da sede de
poder, que foram agravados pelo fato da Igreja católica romana ter solidificado
toda essa estrutura hierárquica do Papado; não só ela, como também a ortodoxa,
a anglicana e muitas ditas evangélicas de hoje que têm adotado o sistema
episcopal, que junto à idolatria se constituem nos dois pressupostos que
identificam as igrejas como sendo de Cristo ou não, ou seja: as igrejas que são
de Cristo não têm chefia suprema, conseqüentemente também não existe nelas
hierarquias ─ igrejas de Cristo não têm filiais, nas quais
o seu pastor (que é parte dela como membro e guia espiritual) se reporta
somente ao Senhor Jesus, que é a cabeça de todas as igrejas. O outro
pressuposto de identificação é a ausência de ídolos ─
literal e fisicamente como na Igreja católica ou no sofisma de alguns
ramos evangélicos; nos chamados grandes líderes abençoados, endeusados e idolatrados
por muitos, tomando com isso o lugar de Deus Pai e do seu Filho Jesus que é a
cabeça de todas as igrejas que são de fato suas. Creio ter dado para entender como se define uma igreja ser
de Cristo ou não, ou de forma objetiva: as igrejas que são de Cristo não têm
nenhuma forma de ídolos e o seu chefe é o Senhor Jesus e nenhum pastorzão,
bispo, apóstolo, missionário, Papa, Patriarca ou qualquer tipo de mando sobre
núcleos locais (igrejas); que embora do ponto de vista constitucional e das
demais leis que regem o país, isso seja legal. Não estou contestado nesta
direção, mas, apenas exercendo esse
direito, que me permite explicar o que a Bíblia realmente ensina que é
praticado à sua revelia, embora legal do ponto de vista humano.
114
Quanto às sete
igrejas do livro do Apocalipse, há duas explicações (interpretações) mais
freqüentes para as sete cartas às igrejas da Ásia registradas no Apocalipse: A
primeira considera todas aquelas informações como fatos reais lá acontecidos
(sendo isto verdade) e busca toda contemporaneidade local daquele momento para
aplicá-las às igrejas de hoje. A outra interpretação defendida, até com uma
visão teológica fortíssima; é que as sete igrejas da Ásia representariam
períodos na evolução histórica da Igreja do Senhor Jesus e, estaríamos agora no
período de Laodicéia. Essa segunda interpretação é inconsistente por pelo menos
dois motivos irrefutáveis. 1º ─ O senhor Jesus assumiu que todas as sete
igrejas eram suas, dentro dos parâmetros humanos de erro, que Ele sabe acontecer
nas suas igrejas e, as exorta para serem corrigidos. Considerando o já explicado
sobre os mil duzentos e sessenta dias (que são anos), tempo em que a Igreja de
Cristo ficou fora dos eventos mundiais, que vou novamente detalhar em respostas
mais à frente. Isso invalida qualquer especulação de trajetória evolutiva da
verdadeira Igreja de Cristo.
115
2º ─ A ordem
cronológica das sete cartas colocou Filadélfia com a sexta igreja ─ e a partir
disso, essa interpretação identifica a evolução da Igreja, como sendo o momento
da reforma a “figura” de Filadélfia. Entretanto, a Igreja que tem e teve
evolução na história foi a Igreja católica romana; você deve ter notado que
tenho usado para todo conjunto dos salvos por Cristo (Igreja) e para o núcleo
local (igrejas), e para a católica romana também Igreja (maiúsculo), por
questão de norma a ser observada e não com sendo a Igreja de Jesus; que saiu em
Diocleciano e só voltou em Calvino. E ainda se considerássemos a Igreja
católica como Igreja de Cristo; Filadélfia como figura teria que ser a
primeira ─ ou você consegue entender que a Igreja de
Cristo teve o seu melhor momento na reforma do que no seu início na era da
graça?.. Mais ainda, se avaliarmos todo o período da história e da Igreja (que
seria a católica romana) ver-se-ia total desconexão dos eventos da história com
os registros das cartas às igrejas.
116
A interpretação
de que o acontecido naquelas igrejas tem a ver com as igrejas de hoje e serve
de lição (obviamente é correto); identificar as influências sociológicas, como
fonte de conhecimento é bom, entretanto,
a questão objetiva é que aquelas igrejas como estão descritas nas cartas;
buscaram mostrar em todo o tempo e em 0todo o mundo ─ para
qualquer época aqueles erros seriam possíveis acontecer, exatamente porque,
elas, as igrejas são compostas por nós, contumazes pecadores seres humanos ─,
que as igrejas de Cristo podem ser como a de Filadélfia ou até como podem
piorar, mas, tendo que rever seus caminhos, como as demais.
117
A questão
importante é que naquela época havia muitas igrejas e em vários lugares,
entretanto, o número de igrejas mencionado foi o de sete igrejas; que caminha
na direção de estar aí uma informação de grande relevância, pois o número sete
está sempre relacionado a algo de muita importância (não que seja como dizem o
número da perfeição), porquanto, todas às vezes, que se nos oferece o número
sete ou seus múltiplos ou semanas; há de se levar em conta que alguma informação
indispensável está ou estará relacionada com esse texto bíblico.
118
Se fôssemos
tentar chegar ao número de denominações ditas evangélicas hoje; com certeza
teríamos dificuldades. Ainda, se pretendêssemos efetivamente, em função do seu
conjunto de doutrinas estabelecer quais de fato são igrejas do Senhor Jesus;
com certeza chegaremos a mais de sete denominações.
119
Essa
constatação nos faz concluir; até do ponto de vista humano, a necessidade de
normalização para esse universo de religiões, o que nos leva a entender, que
nos textos bíblicos há esta normalização de maneira ampla e com parâmetros
objetivos.
120
O que
primeiramente as sete cartas visam mostrar é que o Senhor estabeleceu com
parâmetros de normatização sete tipos de comportamento de um determinado grupo
de pessoas; as quais se reúnem sob a liderança de um determinado homem
(pastor), a partir da fé no Senhor nosso Deus e seu Filho Jesus, que podem
estar dentro da progressão Pérgamo à Filadélfia (estabelecer Pérgamo como a
pior é posicionamento meu).
121
Do exposto até
agora, fica a conclusão de que as sete cartas às sete igrejas da Ásia são a
base de referência para avaliar se esta ou aquela congregação (igreja local) ou
essa ou aquela denominação é de fato igreja de Cristo; para que de maneira
objetiva, num resumo do que foi atribuído por mim a elas. Possa dar a exata
idéia de como vejo as sete igrejas do Apocalipse, na ordem que está no registro
bíblico:
122
1.
ÉFESO ─ Em síntese, essa igreja revelou-se diligente
no identificar falsos líderes e falsas doutrinas, sendo correta e justa,
entretanto no decorrer da sua história faltou-lhe o amor. Este é um perfil
muito interessante no que diz respeito ao estudo bíblico que algumas igrejas
sérias de hoje têm; no entanto, devem atentar para essa carência (a prática do
amor), que é a maior arma contra Satanás
que enfrenta todo tipo de
conhecimento, seja humano ou bíblico, entretanto, respeita, teme e até foge de
quem é sincero no respeito a outrem e no difícil amar. Veja como exemplo a
controvérsia suscitada por Jesus nas três perguntas feitas a Pedro naquele
último encontro profético e doutrinário, quando perguntou e estabeleceu-se
entre ele e Jesus o diálogo, conforme João 21. 15-17 ─ Depois de terem comido, perguntou Jesus a
Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me (ágape, grego αγάπη, amor
verdadeiro) mais do que estes?
Respondeu-lhe ele: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (fileo, grego φιλέω,
amigo, amizade). Disse-lhe ele:
Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João
amas-me (ágape, grego αγάπη, amor verdadeiro)? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (fileo, grego
φιλέω, amigo, amizade). Disse-lhe:
Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João,
amas-me (fileo, grego φλέω, amigo, amizade)? entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez:
Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te (fileo,
grego φιλέω, amigo, amizade) amo.
Disse-lhe Jesus: Apascenta minhas ovelhas. Nesta narrativa (citação) feita
por João no seu evangelho; ele teve a preocupação de identificar de maneira
objetiva os amores usados por Jesus e Pedro
─ lamentavelmente não seguida
pelos tradutores ─, que ensejou a Pedro demonstrar o seu pleno entendimento do
que é de fato amor, coisa que falta à maioria de nós; que ficou evidente,
quando das duas perguntas de Jesus serem quanto ao de fato amor (ágape); Pedro
(como que fugindo do verdadeiro amor) as respondeu dizendo ter por Jesus, até
então, somente amizade (fileo). Em que, identifico o importante elemento
teológico amor citado acima, na própria vida de Pedro, que fora
vulnerável antes de entender e praticar o verdadeiro amor; o que intimida e faz
Satanás recuar, ou seja, ele teme o nome de Jesus na boca daquele que o ama
verdadeiramente, tanto que Jesus dissera anteriormente a Pedro, conforme Lucas
22. 21-34 ─ Simão,
Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como o trigo; mas eu roguei
por ti, para que a tua fé; e tu, quando te converteres, fortaleces teus
irmãos. Respondeu-lhe Pedro: Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a
prisão como para a morte. Tornou-lhe Jesus: Digo-te, Pedro, que não cantará
hoje o galo antes que três vezes tenhas negado que me conheces. Este é o
Pedro antes do Pentecostes (a festa das primícias) que antes se relacionava tão-somente com a colheita da
chamada safrinha, a colheita temporã que antecedia à colheita principal,
conforme Levítico 22. 9-25... Lá, tudo o que decorria dessa primeira colheita
(primícias) tinha todo um ritual de características locais e específicas do
povo judeu e sua cultura; entretanto, todos rituais e leis era o prenúncio
(figura) profético de coisas por acontecer no Novo Testamento; como foi o caso
da festa das primícias, que é o Pentecostes (grego, qüinquagésimo), evento que
marcou o início do ministério do Espírito Santo ou o revestimento espiritual
que nos torna aptos a contrapor Satanás.
123
2.
ESMIRNA ─ A igreja que se revelou simples, que pela sua humildade despertou
o desejo de Satanás em persegui-la com provações, mas, coube-lhe a palavra de
ânimo de que não temesse e, fosse fiel até a morte. Cada igreja local que
é um grupo heterogêneo de pessoas umas mais espirituais que as outras , as vezes, essa fragilidade decorrente
daqueles menos espirituais, enseja e torna possível a Satanás se insurgir
contra o grupo (a igreja local), entretanto, a tenacidade daqueles pertencentes
ao grupo que são fieis; acaba por anular as ações de Satanás, e isto ajuda a
espiritualidade dos que estavam enfraquecidos embora sejam parte do grupo.
124
3. PÉRGAMO ─ A igreja que deu lugar a heresias e foi
complacente com a luxuria (mundanismo), como muitas hoje, infelizmente o são,
quando toleram praticas estranhas ao Evangelho e se lançam no misticismo
exacerbado, que é o grande apelo hoje para valorização de líderes.
Perigosíssima a situação de igrejas com esse perfil; que são exatamente que têm
se vendido por dinheiro não estou falando aqui das igrejas que são
exatamente balcão de negócios, as quais nem estão listadas aqui nas sete, por
não serem igrejas de Cristo. Mas sim, certas igrejas (nas quais existem muitos
salvos por Jesus), todavia se deixaram levar por pseudo-s dons e uma espécie de
mais crentes do que os outros.
125
4. TIATIRA ─ A igreja que também se deixou levar pelo misticismo
à semelhança de Pérgamo, inclusive com demais fantasias não bíblicas ─
realmente parecida com muitas das quais convivemos nos dias de hoje ─, abandonando o estudo bíblico e se voltando
para doutrinas estranhas à Palavra. Com mais ou menos o perfil da anterior,
Pérgamo; mostrando que Nicolau Maquiavel tem razão na sua obra O Príncipe
todo o mundo é do vulgo
, isto foi plagiada por Nelson Rodrigues toda unanimidade é burra , quando alfinetam a unanimidade ou maioria,
que tende quase sempre para o que é errado.
126
5. SARDES ─ A igreja
com pouca base no texto sagrado, mas, pela ação e dependência sincera de Deus
por alguns dos seus membros foi sustentada em oração por esses. Sendo esse um
fator importantíssimo, que graças a Deus acontece hoje ─ até porque essas sete
igrejas foram mencionadas por Deus, para servirem de referencial para todas em todo
o tempo. Também Jesus e os discípulos, Paulo, Pedro, João e Tiago, insistiram
na oração como o caminho mais simples e eficaz para a paz e solução para
dificuldades.
127
6.
FILADÉLFIA ─ Aquela igreja que, ainda
que dentro da limitação humana dos seus
membros, consegue atingir as expectativas que o Senhor tem para com ela. Está
aí o modelo humano possível para qualquer igreja que queira fazer a vontade do
nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Perdoem-me os irmãos das igrejas chamadas
Filadélfia, porquanto não basta tão-somente ter o nome, e sim ser exatamente
como ela foi (não estou dizendo que as que usam o seu nome não o sejam).
128
7. LAODISÉIA ─ A igreja aparentemente correta do ponto de vista
humano ─
como é a maioria de nós evangélicos
─, entretanto carnal e extremamente orgulhosa e senhora de si...
Realmente muito parecida com as poderosas ditas igrejas evangélicas de hoje.
Que são também umas espécies de Point, nas quais as famílias têm orgulho de
levar seus filhos às reuniões alegres e festivas, que se constituem em ótimas
agremiações sociais a causar inveja até os muitos clubes recreativos.
A questão que
coloca as igrejas do Senhor Jesus principalmente como congregações ─ núcleo
local, com administração própria, embora universal no Senhor ─; coisa que vou trabalhar de forma
contundente, pois, as cartas foram dirigidas de maneira figurada a anjos (pastores);
não dando margem à possível existência de alguma hierarquia maior.
129
O bispado
(grego, superintendência) que transitou no período apostólico como uma espécie
de hierarquia e se findou em João o último dos apóstolos; porquanto,
decididamente não houve comprovação
histórica dessa hierarquia nas igrejas até o final do terceiro século; que foi
o momento este em que a Igreja de Cristo saiu da convivência humana a partir do
imperador Diocleciano, o último imperador romano a perseguir a Igreja ou o
poder que tem alegoria no décimo chifre do animal terrível de Daniel capítulo
sete. ou se alguém conseguiu ver alguma coisa parecida com hierarquia nesse
período, foi a ação apologética espontânea de alguns, como Policarpo (69 ─
155), Irineu (130 ─ 202), Tertuliano (160 ─ 220) e Orígenes (185 ─ 254), que foram chamados de
pais da fé e depois agrupados indevidamente numa lista maior como os da Patrística (pais da igreja), quando na
realidade foi após o imperador Constantino (275-337), que presidiu o Concílio
de Nicéia em 325, quando realmente começou aparecer a hierarquia episcopal na
Igreja; a partir de então nela estar nas mãos do Império romano ─ copiada ou
oriunda de sincretismo da estrutura do pontificado dos Pontifex Maximus da religião pagã romana ─, que se desdobrou na Igreja católica
romana, que a incorporou à sua estrutura a hierarquia do Império romano.
130
Não houve a de
fato hierarquia na Igreja de Cristo no período apostólico, porque o mando dos
apóstolos foi transitório. Tanto que o escritor anônimo aos Hebreus (que
entendo claramente ser Paulo, Hebreus 13. 19 e 23-24) em quase toda a sua
epístola informou e demonstrou ser a hierarquia do Sumo Sacerdote do Antigo
Testamento uma alegoria do Senhor Jesus, que é o “eterno Sumo Sacerdote segundo
a ordem de Melquisedeque”; não existindo de maneira alguma a possibilidade
sancionada pelo texto sagrado para chefes religiosos após a morte de João, o ultimo doa apóstolos ─ tenham o nome que tiverem. Por esses simples
elementares, claros e importantes motivos a alegoria de pastor nas cartas às
sete igrejas da Ásia foi a de anjos e não ao arcanjo, que seria o bispo (no seu sentido figurado adulterado) ou chefe ─ que
não havia nas igrejas àquela época, que alguma forma, só aconteceu de maneira
eventual no período dos apóstolos, findado em João ─, das igrejas daquela
região, a Ásia.
131
Há que se
considerar ainda; que a área geográfica daquelas sete igrejas foi informada como
sendo a mesma (a Ásia), que inibe totalmente a idéia de um chefe; porquanto, as
cartas foram dirigidas a cada igreja de forma independente e até os problemas
foram tratados diretamente ao anjo (pastor) de cada igreja e não ao dono, responsável pela área ou campo ou ministério,
ou o que quiserem denominar. Ainda, a resistência de alguns em não entender a
alegoria anjos e estrelas para identificar os pastores daquelas igrejas
demonstra ignorância de certos textos como Daniel 12. 3, Judas 1. 12-13, Apocalipse
1. 16 e (Apocalipse 1. 20). Do estudado
sobre essas sete igrejas; se conclui que o objetivo delas aqui aparecerem
buscou informar que as igrejas de Cristo são independentes ente si; se
reportando tão-somente a Deus Pai e a seu Filho, o Senhor Jesus e, o que define
ser de Cristo uma determinada igreja é a ausência de chefes e de ídolos, sejam
feitos de algum elemento da natureza ou de
líderes Medalhões ditos iluminados. Ainda, numa igreja que não é de
Cristo pode haver membros da sua universal Igreja e, de igual modo pode haver
em igrejas que são de Cristo cidadãos futuramente do inferno ou numa linguagem
bíblica que todos conhecemos: “joio convivendo com o trigo ou bodes com
ovelhas”. Por esse motivo afirmo de forma
categórica, no meu livro, que abordo questões de Teologia Sistemática, que:
diferente do que a Igreja católica romana postula, e muitos líderes Medalhões
de mega-igrejas ditas evangélicas ─
baseadas nas declarações de Jesus a Pedro quanto à Igreja (Mateus 16.
18-19) ─ ter poder de ligar e desligar dos céus e as portas do inferno não
prevalecerem contra ela ─, dizem ter
esses e as suas igrejas esse poder e nelas Satanás não prevalecer. Que
elementar falta de conhecimento bíblico!
132
Como já
expliquei, é perfeitamente claro nesse texto que o Senhor Jesus está falando de
uma Igreja que não é uma instituição terrena com autorização dos Impérios ou
reinos para existir ou com direito Constitucional tendo C. N. P. J., como se vê
hoje no Brasil. Se nos reportarmos para aquela época, se constata que sobre
essa Igreja transcendental (a universal Igreja de Cristo) não prevalecem a
portas do inferno, reiterando: pelo fato dela não ser instituição terrena
como explicado acima. Essa Igreja transcendente que não pode ser
atingida por Satanás é a mesma que pela aceitação de Jesus como salvador liga
definitivamente o pecador com os céus, anulando a ação das portas do inferno.
Agora quanto à inferência que você possa estar ou querendo fazer, no que diz
respeito ao desligar dos céus; considere também o versículo que diz que Satanás
(as portas do inferno) não tem poder sobre ela, logo: disso se conclui: No
Antigo Testamento Deus diz enfaticamente que não tem prazer na morte do ímpio
(Ezequiel 18. 23 e 32), João reproduz a fala de Jesus dizendo que Deus, o Pai
mandou-o para morrer pela raça humana porque os ama, e Pedro na sua segunda epístola
3. 9, diz que Deus não quer que ninguém se perca. Se Deus não quer que ninguém
se perca, as portas do inferno não prevalecem contra a Igreja (não as igrejas
instituições, que algumas nem têm nenhuma relação com Deus); esse poder para
desligar é simplesmente a informação retórica de que Cristo a cabeça da Igreja
tem poder para ligar e desligar, perdoar pecados e dar vida a quem quiser,
conforme João 10. 18, entretanto, as igrejas instituições humanas, não têm
poder para ligar ou desligar ─ não adiantando; que interesses financeiros dos
que as dirigem coloquem nessas igrejas locais, lobos (pessoas sem experiência
de salvação) ou joio no seu rol de membros
─ ou excluir a ovelha (pessoas de
fato salvas por Cristo) ou trigo, que pela sua conduta séria incomoda o líder
fraudulento semideus dessa igreja. Também, de forma lamentável, em qualquer
igreja, Satanás estará sempre presente nos seus adeptos, lobos e joio, conforme
I Pedro 5. 8-9; isto até a volta do Senhor Jesus para arrebatar sua Igreja, que
é aquela composta de membros das diversas igrejas instituições humanas ─ que de
fato aceitaram Cristo como salvador, as quais foram ligadas ao Pai por Jesus,
diz em João 10. 27-28 ─ As
minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as
conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e
ninguém as arrebatará da minha mão... Ainda há que se considerar; quanto a
essa objetiva questão, que é: querer saber exatamente quem de fato é salvo ou
aquele que Jesus recebeu como ovelha sua
─ não que isto seja necessário ou
de direito de qualquer um de nós saber quem é de fato povo (ovelha) do Senhor
Jesus. Que embora, nós, ditos evangélicos tenhamos o errado vício de rotular
todo aquele que não é evangélico, dizendo não serem eles salvos ou ovelhas do
Senhor Jesus, senão vejamos um texto que se refere especificamente à Igreja
católica, conforme Apocalipse 18. 4 ─ Ouvi
outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas
participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas práticas...
Aqui neste texto profético o Senhor nosso Deus chama parte dos católicos
romanos de seu povo (ovelhas do seu Filho Jesus), como também todos nós
evangélicos não o somos e somente parte de nós; lamentavelmente o primeiro
evento, o arrebatamento da Igreja irá mostrar isto de maneira determinante...
Cuidemo-nos e avaliemos sinceramente qual de fato é a nossa relação (de cada um
de nós) com Deus o Pai e seu filho, o Senhor Jesus, senão tomemos conhecimento
do que diz Paulo aos Romanos 8. 16-17
─ O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de
Cristo, se é certo que com eles padecemos, para que também com ele sejamos
glorificados... Somente cada indivíduo sabe se é ou não ovelha de Cristo,
porquanto: O Espírito mesmo testifica
com o nosso espírito que somos filhos de Deus, e se não testifica junto
a mim ou a qualquer outra pessoa, isto deverá nos preocupar seriamente e
fazer-nos rever toda a nossa relação com Deus e seu Filho o Senhor Jesus...
Agregue a essa informação, também o texto de Hebreus 12. 4-11.
Atenciosamente JORGE VIDAL
IGREJAS MIL MEMBROS OU O
EVANGELHO HORIZONTAL
133
Como prometi no subtítulo Coisas importantes sobre igrejas
em células; aqui vou delinear a idéia da igreja mil membros, a que sinaliza
ou caminha na idéia do evangelho plenamente horizontal... Como tenho ponderado
veementemente em dois livros anteriores; não existir o pressuposto de Impérios,
Feudos e Burgos evangélicos, e se aí estão; existem a revelia de Deus, dos
ensinamentos do seu Filho Jesus e dos apóstolos que implantaram a Igreja; sendo
plenamente conseqüente terem que dar contas disso a Deus Pai e ao seu Filho
Jesus, naquele grande dia.
134
Buscando ser objetivo. A idéia de
igreja mil; consiste em primeiro lugar, o entendermos que não há nenhuma
alegoria literal direta entre os rituais do Antigo Testamento, pois, obviamente
não se sacrificam mais animais pelos pecados, administração com controle
centralizado e a hierarquia daquele período transitório; para os procedimentos
das igrejas neotestamentárias; para as quais, tão-somente se transferem em nós
individualmente, os princípios de respeito e adoração a Deus, porquanto se a
relação com Deus no passado fora esporadicamente individual e basicamente
estatal e centralizada havendo a hierarquia sumo sacerdotal. Na era da graça,
essa relação é passada e envelhecida como ensina de maneira pormenorizada o
escritor aos Hebreus, e segue-se ou desde então a diretriz estabelecida por
Jesus e ensinada aos apóstolos como também de maneira especifica à mulher
samaritana, e a nós hoje, conforme João 4. 10-24.
135
O que tenho ponderado no início desse
pequeno Estudo; como pode ser perfeitamente notado; está na pertinência de
constituir-se na introdução desse assunto, a qual é de grande relevância
principalmente pelo fato do exato uso indevido dos pressupostos aqui
inicialmente reiterados; que a idéia que vou reproduzir e sugerir ganhou e
ganha à necessidade de existir como que fazendo-nos voltar ao verdadeiro ensino
bíblico.
136
A idéia de igreja mil ou Evangelho horizontal nasceu
na minha mente exatamente no refutar veementemente os Impérios, Feudos e Burgos
evangélicos chamados de ministérios; e
em contrapartida defender e buscar praticar de fato o evangelismo bíblico das duas primeiras
comissões, a dos doze e a dos setenta; como a forma de fazer ou estratégia
se preferirem, que foi o da grande comissão, que é o compromisso e norma
estabelecidos por Jesus, cuja vertente e característica principal é a de
tornar o conjunto das igrejas com
presença de fato horizontal, considerando o nosso país e todo o mundo. A Grande
Comissão de Mateus 28. 19 ─ Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Que tem toda
uma construção judaica de fazer discípulos
─ prosélitos, discípulos para si mesmo, como era comum aos judeus, como
a visão judaizante de Mateus ─ texto este da Grande Comissão preferido dos
defensores de igrejas em células ─, e o
texto gentílico de Lucas em Atos 1.
8 ─
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária,
e até os confins da terra. Que
melhor se ajusta à idéia da Grande Comissão, embora os dois (inclusive o de
Marcos 16. 15) reproduzam plenamente o ide e pregai.
137
Essa
visão de igreja mil ou horizontal pressupõe inicialmente esse número mil
(1000), que seria o número máximo de membros daquela igreja que adotasse ou se
vinculasse a essa espécie de pacto. O qual seria objetivamente estabelecido e
viabilizado através de um inteligente estatuto, que teria inclusive algumas
cláusulas ditas pétreas que resguardassem a proposta do pacto e da idéia.
138
A
primeira ou as primeiras igrejas alinhadas a essa idéia acordaria por meio da
maioria da sua membresia o estabelecer um pacto de que essa igreja atingindo a
marca de mil membros. Analisaria qual a situação geográfica de moradia dos seus
membros, em termos de quantidade quanto aos que residem mais distantes do
templo e quanto à necessidade da presença do Evangelho aqui ou ali tendo um
templo; isso levaria essa ou aquela igreja a disponibilizar duzentos desses
seus mil membros para a formação de uma nova igreja, que seria totalmente
independente da sua igreja mãe (não filial, como nos ditos ministérios Pentecostais
e Renovados que chamamos de Burgos), todavia seguindo os mesmos princípios e
objetivos; e quanto à mãe, começaria um novo ciclo para gerar outra filha,
dentro dos mesmos princípios... Essa minha sugestão tem como base salvar as
igrejas que ainda seguem a administração bíblica democrática do ouvir a congregação
(Atos 1. 23-26, Atos 6. 2-6 e Atos 15. 22-25), mas que, estão sendo seduzidas
pela deformação de macro templos e mando pastoral sobre mega congregações, que
leva este líder à condição de cabeça ─ lugar
esse pertencente ao Senhor, conforme I Efésios 1.21-22 e 5. 23 ─, que assim
agindo ou estando, estará contra Cristo, anticristo com toda certeza.
139
Entendo
que essa primeira consideração, ou viabilização estrutural da nova igreja
poderia ser para nós no imediato como traumática... Porque todos nós temos
algum tipo de raiz em algum lugar e pessoas; principalmente quanto ao
pastor ─
é aí que essa idéia trabalha no seu melhor, porque talvez o maior
problema que Deus e o seu Filho o Senhor Jesus enfrentam ─ nós,
não, como igrejas, porque parece que gostamos desse tipo de coisa ─, o
“estrelismo” dos nossos líderes e o interesse econômico. Coisa essa, que tem
feito com que o Evangelho se torne em Impérios (as igrejas Neopentecostais),
Feudos (as igrejas Pentecostais e as Renovadas), Burgos (as mega-igrejas com
templos enormes e suntuosos) ou um ótimo negócio para alguns líderes. E ainda
como agremiações de entretenimento, que até servos sérios de Deus acreditam,
por desinformação bíblica, que Deus os quer administrando grande número de
pessoas, quando na realidade essas pessoas são ovelhas; e ovelhas têm que ter
efetivo contacto com o seu pastor e devem ser conhecidas, tratadas e assistidas
exatamente por ele no dia-a-dia (pastoreadas e não espoliadas). Ler também o
Blog, endereço ─ www.riquezasatodocusto.blogspot.com
.
140
De fato
essa visão mil, que doa duzentos, possivelmente seria vista como traumática, e
alguns talvez até apressadamente a julguem desagregadora... Pensemos um pouco
melhor, e analisemos que uma idéia como essa dá ao pastor uma grande
oportunidade de desprendimento e grandeza, quando cria a plena oportunidade de
um seu pastor auxiliar ter o seu efetivo rebanho. Também cremos que isso
promoverá um melhor intercâmbio e entrelaçamento entre as lideranças e os
membros dessas igrejas, e o ponto mais importante que é o impedir os monumentos
aos líderes (os templos maiores), que só causam problemas para a membresia e
toda sorte de problemas, tais como ecológico, de mobilidade e estacionamento
oriundos da centralização e da presença de grande número pessoas num mesmo
lugar... Se estivemos acompanhando com atenção o pleno raciocínio dessa idéia;
concluiremos que acontecendo o que aventamos nesse parágrafo, teremos
exatamente o outro nome da idéia, ou seja, a igreja do Senhor crescendo
realmente de forma horizontal e sem
chefões anticristos, porque isto é
aquele que chefia pastores, senão leia com carinho a epístola aos Hebreus.
141
Também
essa idéia desmistifica a deformação nada bíblica das grandes igrejas
maravilhosas e de seus líderes semideuses, que têm feito aparecer esses
abjetos referenciais anticristos,
como se fossem Papas, donos de tudo e de todos no meio dito evangélico.
142
Não estou afirmando e defendendo a isonomia pastoral, nem sugerindo uma
amarra para as igrejas, porquanto “uma
coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, e se você está entendendo
igrejas mil com pastores exatamente iguais como se fossem bibelôs, está
entendendo errado. Porque diante de Deus somos
vistos com igual amor, inclusive pastores, sim; porquanto Deus sabe
exatamente como é cada um de nós... Há muitos pastores que alegram grandemente
o coração de Deus e são vistos por Ele como homens valorosos e grandes, para os
quais reserva galardão, que ainda não sabemos exatamente o que será,
entretanto, afirmo com toda a certeza; que esses famosos donos de Impérios,
Feudos e Burgos, que aí estão na mídia, dia após dia ostensivamente, não são os
que receberão, pois ocupam o espaço de chefia pertencente ao Senhor Jesus.
143
Se nós
temos entendido o que seria essa idéia de igreja mil membros... Ela caminha
exatamente em praticar o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus, que tem Ele como
figura principal ou Cristocêntrica, sendo os pastores tão-somente coadjuvantes
dessa maravilhosa relação com Deus o Pai. Ainda, além de haver referências a
serem seguidas biblicamente, em contrapartida há indicações plenas contra
modelos diferentes disso, como já ponderei sobre igrejas em células no Blog,
endereço ─ www.igrejasemcelulas.blogspot.com
, já postado.
144
Também,
como contraponto, considere: A tentativa de igrejão em Jerusalém, no
início da era cristã, que foi impedida por Saulo e nunca chegou a acontecer
(Atos 8. 1), considere também o referencial das 120 pessoas do dia de
Pentecostes (Atos 1. 15), considere de igual modo as 100 ovelhas da parábola da
ovelha perdida (Mateus 18. 12-14) e leia com atenção e considere Ezequiel 34.
1-10. De igual modo não confunda essa idéia com alguns sistemas já implantados
por ai, que de alguma forma fracionam as membresias e as colocam dentro dessa
visão horizontal, todavia mantendo o controle efetivo dessas novas igrejas a
semelhança de Impérios, Feudos e Burgos com o nome de ministérios.
145
Novamente,
a reestruturação da igreja mãe e a estruturação da filha das igrejas mil. Da
que doa, e da igreja, inicialmente com duzentos membros; se constituirá, e
porque não dizer, se constitui numa mexida ascendente nos quadros de liderança
das duas igrejas ─ tudo isso planejado e consolidado antes da
efetiva e total mudança (1000 = 800 + 200), que por inferência é também o uma
agência do reino de Deus ─, agora igual a “duas”, para a honra e glória de Deus
e do Senhor Jesus.
146
O que
chamei de reestruturação corresponde à igreja que doou, pois demanda
reorganizar-se quanto aos quadros de liderança, que será feito antes, calma e
solenemente, quando ascenderão irmãos, que até então estavam, de alguma forma
disponíveis... Cujas ascensões se darão na que doa, a igreja mãe, através do
repor líderes que irão servir a Deus na igreja na nascente, a igreja filha e
também outros, no pressuposto de que a igreja mãe não deverá preencher todos os
cargos na igreja filha, esse ou esses irmãos, que até então eram tão-somente
membros, agora irão para a igreja filha, na função de líderes para a glória de
Deus e do seu Filho, o Senhor Jesus.
147
A função
de líderes pressupõe o desde ou a partir do vice-presidente, passando por todos
os cargos, inclusive professores da E. B. D., instrumentistas e cantores... Num
ceder membresia e líderes plenamente acordado, buscando viabilizar o bom
exercício da filha, sem prejudicar a mãe, que são ambas igrejas de Cristo e não
propriedade de grupos ou de ditos iluminados pastores ─ que
a semelhança de João Batista, que teve a missão de ser o precursor de Jesus ─,
deveriam dizer o que ele disse, conforme João 3. 28-31 ─ (...).
É necessário que ele cresça e que eu diminua. (...)... Que pelo menos cada
pastor, e cada um de nós pensemos: Que a Igreja do Senhor cresça e nós também
cresçamos espiritualmente junto com ela.
148
Leve em
conta também, que essa idéia é perfeitamente viável e boa, tanto do ponto de
vista espiritual como financeiro. Porque se de um lado busca inibir ou
efetivamente impedir o crescimento vertical do Evangelho que implica em grandes
templos com grande membresia, aproveita ou torna útil ao Evangelho a capacidade
financeira de uma igreja que cresce, fazendo essa capacidade reverter não para
a glória do líder que a dirige e sim para a glória de Deus e do seu Filho
Jesus... Porque todos nós sabemos que a idéia que vem na cabeça do pastor cuja
igreja cresce é o mesmo “mote” do
personagem da parábola do “rico insensato”
(Lucas 12. 18), que diz precisar construir celeiros maiores... Porque não
construir com essa capacidade financeira da igreja que cresce, templos em
outros lugares dentro dessa idéia de igreja mil.
149
A idéia
igreja mil enseja, cria e propicia ao pastor sério e realmente preocupado com o
Evangelho; o primeiramente entender que não é ele o centro desse “maravilhoso
intercâmbio” entre nós os seres humanos e Deus, o Pai e sim o Senhor
Jesus...
150
De igual
modo ─
nessa idéia perfeitamente bíblica
─, o insta a levar a sua igreja a ter esse mesmo entendimento; onde ele,
o pastor é alguém importante que deve ser ouvido e amado, todavia não
idolatrado ─ e sim junto com as suas ovelhas buscarem com
todo o amor a Deus e a seu Filho, o Senhor Jesus, e o pleno crescimento
horizontal do Evangelho que é o que preceitua a grande comissão... Ainda, que
isso nos leve a adorar a Deus em qualquer outro lugar, não precisa ser
necessariamente o daquele irmão que eu conheço, que na realidade não seria
exatamente assim; porque em primeiro lugar as reuniões nos grandes templos de
ditas grandes igrejas, são fatiadas em horários diferentes, onde grupos nunca
estão realmente próximos um do outro; também, mesmo dentro desses grandes
grupos não há verdadeiro relacionamento...
151
O centro
ou foco dessa deformação é o “iluminado líder” para o qual todos se voltam; em
alguns casos, até via circuito fechado de vídeo... Decididamente esse modelo
não é bíblico, e não atende o ter Deus os seus verdadeiros adoradores
distribuídos horizontalmente no mundo, numa plena relação vetorial com Ele em
nome de Jesus. Que como ficou claro no parágrafo anterior. A nossa motivação
principal tem que ser a de adorar a Deus e a seu Filho Jesus, independente de
em qual templo o faremos, ou dirigido por qual pastor, cuja amizade, respeito e
companheirismo possamos participar para o nosso salutar relacionamento; assim
como com todos os membros dessa ou daquela igreja, que inclusive somos mais que
unidos por um pacto que deve nos motivar a promover o crescimento do reino de
Deus.
152
Creio
que a idéia igreja mil está de maneira elementar e didática explicada e posta
aqui para ser avaliada e discutida... Ainda, essa idéia não é uma camisa de
força e principalmente esse número mil pode até ter um referencial menor,
dentro da mesma proporção; que inclusive ao ser discutido o assunto junto a
minha esposa e aos meus filhos, minha filha Mitzi ponderou veementemente que
esse número deveria ser radicalmente menor ou 500 versus 100 ou igreja quinhentos que doa cem membros para fundar uma
filha bíblica e juridicamente emancipada.
153
Confesso
que a proposta da minha filha Mitzi fala mais forte ao meu coração e logicamente
seria o número admissível, todavia tenho que, de alguma forma, reconhecer que o
apego dos líderes, a sedução do poder de mando, fortemente caminha na direção
do controle de rebanhos cada vez maiores, daí para ser conseqüente com o
objetivo, embora, de alguma forma condescendente quanto ao número mil membros,
como o Senhor Jesus ponderou sobre o divórcio (a dureza do coração daqueles e o
querer mandar em muitos desses) e não o quinhentos da minha filha Mitzi e
talvez também, por instintivamente esperar que esse mil possa gerar mais
receptividade para projeto tão importante para o reino de Deus... Porquanto
como expus no décimo sexto parágrafo desse pequeno estudo; se observarmos o
gráfico financeiro de uma igreja que ultrapassa dos 300 membros numa ascensão
constante... A sobra de caixa será maior linearmente proporcional a esse
aumento de membros. Sendo esse o motivo do meu condescender com o número mil,
cuja sobra de caixa permite a construção mais fácil do templo da futura igreja
filha emancipada e não filais para o enriquecimento dos Pastorzões.
154
Entretanto,
contudo, porém pensemos e concluamos o seguinte: Se considerarmos o hipotético
conjunto de dez igrejas mil, teríamos também o hipotético número de 10.000
membros, que significaria de fato mais 10 igrejas filhas... Agora levando em
conta esse mesmo número 10.000 membros, e considerando o projeto defendido por
minha filha, o da igreja quinhentos; teríamos então, não somente mais dez
igrejas e sim mais vinte igrejas implantadas horizontalmente para o bem de
todos, exatamente como manda “a grande comissão” do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.
155
Concluindo
este trabalho, que é uma contestação e crítica severa a esses mega negócios
chamados de igreja ─ vou preferir o termo em inglês que é mais conhecido e
usado, medley ─, no interesse de
melhor informar em um único trabalho várias vertentes, como tenho reiterado
várias vezes em outros estudos, cujo objetivo é mais e mais caminhar no assunto
Teologia e suas variantes.
156
Também
dizer racionalmente que tenho total consciência dos contrapontos feitos por mim
em todos os estudos anteriores e posteriores; que entendo ter o seu contexto
pleno na palavra de Pedro e João em Atos 4. 19, parafraseando ou exatamente o
reproduzido na integra com se fora meu ─
Importa-me primeiro obedecer a Deus, do que agradar
a homens... Ainda que esse meu trabalho nas suas sugestões não venha há
ser utilizado, entretanto, “por minha causa as pedras não clamarão”; do outro
modo, tenho pedido a Deus, que esse estudo, como também os outros, sejam
amplamente lidos, estando eu ainda com vida, contudo se for da vontade
de Deus que isso só aconteça após a minha morte... Que assim seja em nome do
Senhor Jesus. Amém. MARANATA!
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA
DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA
ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA
LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO
GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE,
ORIGEM GENÉTICA DO
HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO
DE SUGESTÃO À FEITURA DE
LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A
IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU
MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS
BLOGS
SEXO ANAL NO
CASAMENTO É PECADO?
EXISTE
MALDIÇÃO HEREDITÁRIA? (inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO
VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com Sobre o amor Eros
(lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de
Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor
(heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange
ao amor Eros.
DOUTRINA
DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO
www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL
MEMBROS OU O
EVANGELHO HORIZONTAL (+ sete fragmentos: sinopse sobre
Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O
DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
A
NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO
E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN
KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
FINAL
I
Esse é o meu nono Blog, de uma
série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o
seguinte a ser postado (o décimo) sobre o assunto oração, com o título A Oração de Jabez e a Oração de Salomão.
Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A
maneira mais fácil de acessá-los é a de estando em qualquer um deles; com um
clique no link perfil geral do autor ─ abaixo
do meu retrato ─, a lista de todos os
Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar o título correspondente.
FINAL
II
Quanto ao conteúdo do
Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos
mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada no Blog anterior:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não
tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior,
este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e
legal.
Jorge Vidal Escritor Batista
autodidata
Nenhum comentário:
Postar um comentário